Nos Estados Unidos, para operar em aeródromos de grande altitude, o piloto necessita do chamado "High Altitude Airports Endorsement" na CIV (logbook), o que quer dizer que a tripulação recebeu o treinamento necessário para a operação neste tipo de ambiente. No Brasil isso é inexistente devido à quantidade extremamente pequena de pistas acima dos 3000 pés. A 3000 pés é aonde se começa a considerar um aeroporto de grande altitude. Quando a temperatura for elevada, como é no verão no Arizona (cerca de 40 graus Celsius), isso dá uma Altitude Densidade (a altitude que o motor "pensa" que está) de +- 9000 pés, o que em uma aeronave "aspirada" (i.e. não turbo-alimentada, sem "Turbo-compressor"), significa bem menor potência disponível.
Para decolagem nessas condições, ao contrário do que se faz em baixas altitudes, você deve corrigir a mistura já durante o check pré-decolagem, ainda no solo, antes de alinhar. Isso se faz colocando-se as manetes à pleno (que a 5000 pés já vai gerar bem menos do que a potência máxima) e corrigir a mistura pelo EGT (Exhaust Gas Temperature), deixando no pico de EGT ou talvez uns 100 graus para o lado "rico" do EGT (empobrecer aos poucos até chegar no pico e aí voltar a enriquecer até que o EGT fique uns 100 graus abaixo do pico). Essa configuração é aproximadamente a mistura que lhe dará a maior potência com um pouco de combustível extra para ajudar a refrigerar os cilindros.
Isso resultará em bastante mais potência a 5000 pés do que aquela obtida com a manete de mistura totalmente à frente, que na verdade para essa altitude é rica demais, roubando potência e desperdiçando combustível. Há aeronaves nas quais nem se consegue dar a partida nos motores em uma pista a 5000 pés se a manete de mistura estiver totalmente à frente.
Para decolagem nessas condições, ao contrário do que se faz em baixas altitudes, você deve corrigir a mistura já durante o check pré-decolagem, ainda no solo, antes de alinhar. Isso se faz colocando-se as manetes à pleno (que a 5000 pés já vai gerar bem menos do que a potência máxima) e corrigir a mistura pelo EGT (Exhaust Gas Temperature), deixando no pico de EGT ou talvez uns 100 graus para o lado "rico" do EGT (empobrecer aos poucos até chegar no pico e aí voltar a enriquecer até que o EGT fique uns 100 graus abaixo do pico). Essa configuração é aproximadamente a mistura que lhe dará a maior potência com um pouco de combustível extra para ajudar a refrigerar os cilindros.
Isso resultará em bastante mais potência a 5000 pés do que aquela obtida com a manete de mistura totalmente à frente, que na verdade para essa altitude é rica demais, roubando potência e desperdiçando combustível. Há aeronaves nas quais nem se consegue dar a partida nos motores em uma pista a 5000 pés se a manete de mistura estiver totalmente à frente.
Os cuidados em aeródromos de grande altitude, além da mistura :
- A velocidade para decolagem é a mesma Velocidade INDICADA, porém para se chegar nessa indicada, a Velocidade Aerodinâmica (TAS) será maior, isto é, a velocidade real, em relação ao ar, será maior, portanto se consumirá bem mais pista. Isso vale mesmo aeronave sendo turbo-alimentada.
- A correção de mistura deve ser feita também antes do pouso, pois caso seja necessário arremeter, você deve estar com a mistura correta.
- As trajetórias de vôo após a decolagem serão bem menos inclinadas, isto é, você sairá com a impressão de estar lambendo as coisas ao redor do aeroporto, porque vai estar acostumado às decolagens próximas ao nível do mar.
- Aeroportos de grande altitude normalmente estão associados com região de montanhas ou de altos-desertos, o que significa ventos mais fortes, ascendentes e descendentes especialmente próximo às montanhas. Portanto é necessário estar atento.
Fonte: Contato Radar
Por: Arnold Pieper
Foto: Lee Jangsu, Bernd Sturm
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