
sábado, 2 de abril de 2011
Com aquisição da Trip pela TAM, destino da Pantanal é incerto

quinta-feira, 24 de março de 2011
AMT-600 Guri

A aeronave é equipada com um motor alternativo modelo Lycoming O-235 N2C ou O-235 NBR (versão brasileira) de simples aspiração e hélice de passo fixo. O motor do AMT-600 Guri possui quatro cilindros opostos horizontalmente, transmissão direta e refrigeração a ar. Sua potência chega à 116HP e sua rotação máxima é de 2800 RPM. A aeronave possui uma hélice modelo 72CK-0-50 de duas pás, o fabricante é a Sensenich.
O tanque do AMT-600 Guri tem capacidade total para 90 litros (24 US Gal) de combustível, sendo que 88 litros (23,4 US Gal) representa o combustível utilizável. Utiliza gasolina com índice de octanagem mínimo de 100 - Verde ou 100LL - Azul. Com tanque cheio, a autonomia do Guri fica em aproximadamente 4 horas e meia. A aeronave possui peso máximo de 900 kgf, tanto para decolagem quanto para pouso. Seu peso vazio básico é de 675kgf, podendo variar de acordo com instrumentos a mais que sejam instalados no avião. Sua carga útil máxima é de 225 kgf. O bagageiro comporta um peso máximo de 10 kgf.

O modelo do motoplanador, fabricado desde 1985, oferece entre vantagens o baixo custo comparado inclusive com helicópteros, e maior autonomia de voo. A Aeromot conclue-se que ela desativou, ao menos temporariamente, a linha do Guri e do AMT-200, pela enorme dificuldade em vendê-los.
Fonte: Fórum Contato Radar, Wikipedia
Foto: Marcelo Castilhos de Oliveira, Carlos Alexandre Padilha Gadasso
sábado, 19 de março de 2011
Acrobata AG 500, novo conceito de Goiás


Não é a primeira vez que se tenta produzir aviões em Anápolis. Em 1996, a filial da indústria aeronáutica polonesa PZL Mielec chegou à cidade com disposição de produzir até 180 modelos por ano do avião Dromader M 18, nas versões Aircraft e Fire Fighting, destinados à pulverização de lavouras e combate a incêndios. Os aviões seriam vendidos nos mercados interno e externo. O custo do empreendimento foi estimado em US$ 120 milhões.

Posteriormente, contudo, chegou a ser assinado um acordo entre a prefeitura e PZL, com aditivos ao contrato. O presidente da empresa polonesa no Brasil, José Paes Lucena, anunciava na época, maio de 1997, que a aceitação dos aditivos era uma demonstração da seriedade do empreendimento e que os aviões começariam a ser montados em série antes do final daquele ano. Mas o acordo não vingou e PZL transferiu o projeto para Uberlândia, Minas.
Fonte: Goiás é Demais, Inglaer, Marconi Perillo
quinta-feira, 17 de março de 2011
Tam obtém aval da Lan para negociar compra de parte da Trip

Já as especulações dão como certo que a Sky West que comprou uma fatia da Trip em 2008 venderia sua parte. A compra de parte da Trip atende aos planos da Tam de investir na aviação regional e este processo teve início já com a compra da Pantanal. Já a partir de maio o sistema de reservas da Tam e da Trip utilizará uma tecnologia compatível permitindo a venda de assentos das duas companhias.
Fonte: Mercado & Eventos
Por: Luiz Marcos Fernandes
Foto: Guido Ferneda
quarta-feira, 16 de março de 2011
Infraero apura lucro líquido de R$ 234 milhões em 2010

O Relatório da Administração 2010 também ressalta as conquistas obtidas pela empresa na área comercial. No ano passado, as receitas de concessão de áreas foram de R$ 947,6 milhões, com crescimento de 21,6%, quase o dobro do verificado em 2009, que foi de 11,8%. A área de Logística de Carga também superou a meta estabelecida, de 8%, atingindo crescimento de 23,3% em 2010.
"O recorde na arrecadação comercial é a demonstração de que os gestores foram capazes de superar os desafios para atingir a meta de crescimento definida pela diretoria executiva. Foi a primeira vez que a receita ultrapassou a marca de 20%", explicou o presidente interino da empresa, João Márcio Jordão.
Fonte: Panrotas
Por: Savia Reis
segunda-feira, 14 de março de 2011
Infraero anuncia para este ano obras de ampliação do aeroporto de Marabá
Com média de 666 passageiros por dia, o Aeroporto de Marabá, um dos que mais crescem na região Norte, vem despertando o interesse de inúmeras companhias aéreas, que pretendem programar em breve, novas escalas de voos no município.

A área patrimonial do aeroporto tem a forma de uma poligonal fechada irregular e a dimensão total é de 3.350.767,05 metros quadrados. O aeroporto possui ainda uma pista em concreto asfáltico com 2 mil por 45 metros de extensão.
Fonte: O Liberal
sábado, 12 de março de 2011
Boeing 747, o primeiro widebody da história

O primeiro modelo (747-100) entrou em operação comercial com a Pan Am em 1970 e teve seu voo inaugural, entre Nova Iorque e Londres. O 747 trouxe grandes reduções nos custos de viagens aéreas por meio de sua combinação ainda insuperável de velocidade, alcance e capacidade. 1.341 aeronaves Boeing 747 foram entregues. O 747-400 após ser construídos 694, será substituído pelo novo Boeing 747-8 avião intercontinental.

O primeiro dos dois modelos 747-400ER de longo alcance teve seu voo inaugural em julho de 2002 e foi entregue para a Qantas Airways em outubro de 2002. O 747-400ER está disponível em versões de carga ou de passageiros com um maior alcance ou capacidade de carga. A versão de passageiros podem voar um 805 km a mais que a versão anterior, e tem um adicional de 6.800 kg de carga útil.
Em novembro de 2005, a Boeing lançou o avião 747-8, incluindo passageiros e as versões de carga. Terá uma capacidade de carga maior, e um maior alcance de 14,816 km (8.000 milhas náuticas) e capaz de voar a Mach 0,86. A versão de passageiros será aumentado por 3,6 m e transportará um adicional de 34 assentos em uma configuração de três classes. Os pedidos iniciais foram da Cargolux (dez, mais dez opções para o cargueiro 747-8F) e Nippon Cargo (oito cargueiros).

Em 10 de Fevereiro de 2009, o Boeing 747 celebrou seu aniversário de 40 anos. Enquanto a nova versão, seus corredores individuais e escadaria em espiral que conduz ao andar superior foram características nunca antes visto em um jato comercial, que já se tornaram traje padrão para as frotas modernas. Devido à sua configuração de três classes, as viagens aéreas se tornaram acessíveis, férias organizadas decolou e turismo de massa cresceu durante os anos 1980 e 1990.
Fonte: Aerospace Tecnology
Foto: Nick Dean
sábado, 5 de março de 2011
Aero Boero 115, o treinador argentino

Inicialmente, o novo modelo foi oferecido ao mercado como Aero Boero 95/115 Standard e Aero Boero 95/115AG (para pulverizar lavouras). A produção desses modelos foi encerrada em 1973, quando o 12º e último exemplar, matriculado LV-JXR, saiu da linha de produção e foi modificado para dar origem ao AB-115BS, uma versão desenvolvida para o Ministério de Bem-estar Social de La Nación, da Argentina, que contava com espaço para receber uma maca. As novas asas tinham pontas côncavas e passaram a ser utilizadas nos novos modelos.
AB-115


A Aero Boero apresentou os menores valores, e recebeu a homologação e certificação dos AB-115 e AB-180 pelo CTA (Centro Técnico Aeroespacial) no dia 26 de outubro de 1989, depois de uma equipe brasileira passar 12 dias na fábrica de Morteros, onde foi feita a inspeção das instalações seguindo as normas brasileiras. Primeiramente, foram encomendados apenas sete AB-180RVR e 20 AB-115 Trainer, mas, em seguida, ficou acertada a encomenda de um lote de 100 aeronaves em 1988 e, posteriormente, outros 350 foram encomendados no ano seguinte, incluindo os AB-180. Os primeiros exemplares chegaram ao Brasil em dezembro de 1990, e os últimos em janeiro de 1994, totalizando 366 entregas, sendo 306 AB 115 Trainer e 60 AB 180.
As dificuldades financeiras enfrentadas pela empresa na Argentina e os problemas com a economia brasileira fizeram a Aero Boero atrasar a entrega de aviões ao Brasil, pois a companhia não poderia cumprir as suas obrigações enquanto a viabilidade financeira do negócio foi se tornando cada vez mais marginal e, com isso, os outros 84 aviões encomendados não foram entregues porque o governo brasileiro não tinha dinheiro para comprá-los por estar passando por uma crise financeira desde 1993. Cada avião custou US$ 74 mil. Em comparação aos antigos J3 e Paulistinha, utilizados na instrução básica pela maioria dos aeroclubes brasileiros, o AB 115 tinha como grandes novidades a partida elétrica, rádio intercomunicador e VHF, e luzes de navegação.

Foram fabricados 420 Aero Boero 115, um recorde histórico para a indústria aeronáutica argentina até hoje, que aguarda pela reativação da linha de fabricação do modelo para aumentar esse número.
Fonte: Aviação Paulista
Por: Valdemar Júnior
Foto: Felipe Letnar, Stephan Klos Pugatch
sábado, 26 de fevereiro de 2011
ILS - Instrument Land System - O que é, como funciona

As fases mais críticas do voo por instrumentos são a aproximação e o pouso, a ICAO/OACI (International Civil Aviation Organization), visando regulamentar a operação nestas duas fases criticas, definiu a visibilidade em função de duas componentes, uma vertical e outra longitudinal, a saber:
- Decision Height (DH) : é a altura específica na aproximação de precisão, na qual deve ser iniciada uma aproximação perdida, caso não haja referência visual exigida para continuar a aproximação e pousar.
- Decision Altitude (DA) : é a mesma componente vertical, porém especificada em termos de altitude. Ela consta nas IAL ( Instrument Approach Land – cartas de aproximação por instrumentos).
- Runway Visual Range (RVR) : é a distância na qual o piloto de uma aeronave que se encontrar sobre o eixo de uma pista, pode ver os sinais de superfície da pista, ou luzes auxiliares de aproximação.
Fazendo uso destas duas componentes a ICAO/OACI classificou as aproximações por instrumentos em três categorias:
Categoria I (CAT I) - procedimentos de aproximação por instrumentos com condições de atingir uma DH não inferior a 200 pés e RVR não inferior a 800m (2400 pés).
Categoria II (CAT II) - procedimentos de aproximação por instrumentos com condições de atingir uma DH menor que 200 pés e RVR menor que 800m (2400 pés), porém não abaixo de 100 pés e 400m (1200 pés) respectivamente.
Categoria III (CAT III) - procedimento de aproximação por instrumentos com condições de atingir DH inferior a 100 pés e RVR inferior a 400m (1200 pés). Para melhor definir os requisitos dos equipamentos de bordo e de terra, a CATIII foi dividida em três sub-categorias:
- CAT III (a) - sem especificação de DH ou para DH inferior a 100 pés e RVR não inferior a 200m (600 pés).
- CAT III (b) - sem especificação de DH ou para DH inferior a 50 pés e RVR de 200 a 50m (600 a 150 pés).
- CAT III (c) - para DH = 0 e RVR = 0.
Quanto ao grau de automatismo disponível as aproximações e pousos podem ser classificados em:
- Aproximação Manual guiada pelo Flight Director Approach: efetuada com o uso de F/D até a DH, sendo requeridos dois F/D operantes para aproximação CAT II.
- Aproximação Manual Baseada nas Indicações de Desvio de LOC e GS: efetuada com base nas indicações de desvio do ILS apresentadas no ADI e HSI.
- Aproximação Automática ou Automatic Approach : efetuada com o piloto automático engatado até a DH, a partir da qual o piloto assume o comando da aeronave para efetuar o pouso.
- Pouso Automático (Auto Land) : quando a aproximação e pouso são efetuados pelo piloto automático, que conduz a aeronave até o solo, podendo mantê-lo sobre a pista durante a fase de "rollout".
A utilização de pouso automático independe da categoria de aproximação, podendo efetuar pouso automático em condições meteorológicas - CAT I, CAT II ou CAT III, respeitados os requisitos relativos a equipamento da aeronave, do aeroporto e à qualificação da tripulação e pessoal de manutenção.
De uma forma geral podemos dizer que quatro condições deverão ser satisfeitas simultaneamente para que se possa efetuar aproximações por instrumentos:
1. O aeroporto deverá estar equipado com os auxílios de aproximação e pouso requeridos.
2. O avião deve possuir todos os sistemas requeridos e estar certificado para o tipo de operação pretendida.
3. A tripulação deverá satisfazer os requisitos de treinamento e proficiência específicos para o tipo de operação pretendida.
4. Os sistemas da aeronave deverão ser adequadamente mantidos, de modo a não permitir a degradação dos níveis de performance existentes por ocasião da certificação da aeronave.
O ILS é um sistema baseado na transmissão de sinais de rádio que são recebidos, processados e apresentados nos instrumentos de bordo, de modo a definir uma direção que representa a prolongamento do eixo da pista de uma trajetória de descida tal que permite uma aterrissagem segura dentro da zona de toque de pista. A precisão do ILS é garantida desde o limite de cobertura do mesmo até um ponto próximo à pista de pouso, ou sobre ela, o qual é definido em função da categoria de aproximação para a qual a pista está certificada, (CAT I, CAT II e CAT III).
O sistema de ILS é composto pelos seguintes componentes básicos:
• LOCALIZER
O complexo de antenas do LOC está situado a 1000 pés do final da pista, sobre o prolongamento de seu eixo e gera um diagrama de irradiação composto por dois lóbulos. O lóbulo da esquerda recebe uma modulação de 90 Hz em amplitude, enquanto que o da direita é modulado com 150 Hz.
As antenas são ajustadas de tal forma que os dois sinais tem a mesma intensidade no plano que contém o eixo da pista. Se o avião estiver à direita predominará o sinal modulado com 150 Hz, se estiver a esquerda predominará o sinal de 90 Hz. A indicação correspondente no HSI está indicada na figura abaixo.• GLIDESLOPE (GS)
O complexo de antenas do transmissor do GS está localizado ao lado da pista, a 300 metros de distância da cabeceira e gera um diagrama de irradiação semelhante ao do LOC, porém, ajustado de tal forma, que o conjunto de pontos nos quais os dois sinais têm a mesma intensidade, definindo um plano inclinado que intercepta a pista a 300m da cabeceira, com uma inclinação que varia de 2,5° a 3,0°.
• Marker Beacon – Marcadores
Os marcadores nada mais são do que o conjunto de dois ou três transmissores de sinais de rádio, que operam numa freqüência de 75 MHz. As antenas dos marcadores transmitem um feixe vertical que se constituem verdadeiras balizas eletrônicas.
O ILS é normalmente constituído por dois transmissores, denominados "OUTER MARKER" (marcador externo) e "MIDDLE MARKER" (marcador médio) - OM, MM respectivamente - um terceiro transmissor opcional, denominado "INNER MARKER (IM)" (marcador interno) poderá ser instalado.
A passagem do avião sobre os transmissores é apresentada ao piloto através de sinais luminosos e auditivos. Os sinais auditivos são diferenciados pelo tom, correspondente às freqüências de modulação e pela forma que são transmitidos (ponto e traços).
Fonte: Contato Radar
Por: Fábio Laranjeira
Foto: Stefano Capuzzo
sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011
Projeto Santos Dumont incentiva o voo a vela


Fonte: Diário de Tatuí, FBVV
Foto: Dimas Filho
sábado, 19 de fevereiro de 2011
Entendendo o Piloto Automático

Um sistema de PA moderno normalmente possui um computador central, onde estão contidas as leis de controle que determinam o movimento da aeronave que iremos controlar. Este computador, através de sensores de posição e/ou movimento, determina a posição atual da aeronave, e, de acordo com os dados informados pelo piloto, ou por um computador de navegação , efetua a correção necessária através de servomotores e atuadores (hidráulicos, elétricos, pneumáticos).
Cada fabricante de aeronave entretanto, preferiu adotar uma arquitetura diferenciada de interfaces entre piloto aotomático e controles de voo. Descreveremos superficialmente aqui três arquiteturas diferentes, adotadas pela Airbus, Boeing e Embraer respectivamente.
Arquitetura Airbus
A Airbus optou por separar os computadores responsáves pelas leis de controle dos movimentos da aeronave. Neste caso temos os ELACs (Elevator Aileron Computer) SECs (Spoiler Elevator Computer) e FAC (Flight Argumentation Computer). No caso do A320 os ELAC são dispostos em pares e controlam o profundor e os ailerons e o estabilizador em modo normal. Já os SEC são três e controlam os spoilers e o estabilizador no modo stand-by. os FACs operam em pares também e controlam o leme , o sistema de Yaw Damper , o trim do leme e também realizam cálculos para os displays.
Entre cada superfície e os computadores de controle (ELAC SEC FAC) há dois canais: COM e MON. CON é o canal que efetivamente controla a superfície, enquanto o MON, certifica-se de que o canal de controle opera normalmente. A titulo de curiosidade, são utilizados microprocessadores 6800 de, 8 bits, da Motorola para os ELAC e o 80186, de 16 bits , da Intel para o SEC.

Uma característica marcante na arquitetura Airbus , é o fato dos comandos efetuados pelo piloto automático não mover o manche (Não existe o backdrive). Na verdade a Airbus foi além: retirou o manche da posição tradicional entre as pernas do piloto e instalou-o lateralmente sob a forma de um joystick , chamando-o apropriadamente de sidestick. Outra peculiaridade desta arquitetura, reside no fato do sidestick comandar razão de rolamento e não atuar diretamente na superfície. desta forma , quando retornamos o stick à posição neutra, a aeronave permanece na atitude comandada, diferentemente das aeronaves com manche tradicional , onde, ao retornarmos a coluna à posição neutra, a aeronave tende a retornar à atitude anterior. A vantagem imediata de se usar o sidestick ao invés do manche com coluna central e backdrive é a redução do peso e da complexidade.

Arquitetura Boeing
A Boeing optou por uma abordagem mais tradicional na sua interface homem/máquina. O seu piloto automático atua sobre a superfície de comando e move a coluna do manche em correspondência ao comando efetuado. Esta abordagem de comandos com backdrive vem sendo adotada desde seus primeiros modelos. Vamos olhar agora, como a Boeing implementou esta filosofia no seu avião mais moderno, o Boeing 777 que é dotado de controles de voo fly-by-wire. Para o modelo 777, por exemplo, o computador que recebe inicialmente os comandos do PA é o AFDC – Autopilot Flight Director Computer.
Além dos comandos de PA, o AFDC é dotado de sensores que informam:
a) Posição dos transdutores;
b) Dados inerciais;
c) Informações sobre a atmosfera;
d) Dados do solo;
e) Acelerações da aeronave;
f) Velocidades e altitudes.
A partir dos dados de entrada, o AFDC pode processar:
• Comandos do Flight Director:
No próprio AFDC, temos as leis de controle que governam os movimentos da aeronave (arfagem, rolamento e guinada), proporcionando que os comandos de direção sejam calculados e, em seguida, enviados para um computador de controle de voo primário.
• Comandos do PA:
Através de sensores na superfície de controle, se tem uma realimentação com a finalidade de fornecer informações para que neste computador central se processe os comandos do PA.
• Comandos para o Backdrive:
A principal característica que diferencia a Boeing das demais é o fato de apresentar o backdrive, que se trata de um comando que movimenta o manche indicando qual foi o comando dado para a superfície de controle pelo Piloto Automático e transmitindo ao piloto uma indicação de como se está atuando nas superfícies de controle.
O AFDC possui três processadores (A, B e C). Os processadores A e B recebem comandos de backdrive de outro computador, o PFC – Primary Flight Computer, convertendo os sinais de backdrive digitais que recebe para analógicos. O Processador C processa as leis de controle do PA e do flight director, trabalhando também na detecção de falhas no sistema. Na malha de controle do sistema de piloto automático do Boeing 777, o AFDC, e envia sinais para o ACE e retorna ao AFDC comandos relacionados ao backdrive . O AFDC central não está conectado a nenhum atuador de backdrive , porém, os AFDC´s (esquerdo e direito) estão conectados a três atuadores de backdrive responsáveis pelo:
a) controle da coluna (movimento de arfagem)
b) controle lateral (movimento de rolamento)
c) controle do pedal (movimento de guinada)
Tacômetros alimentam o feedback do motor para os processadores no AFDC. O AFDC controla a corrente do motor para cada atuador do backdrive, o que limita a força que este aplica nas colunas, manche os pedais do leme, porém esta força é suficiente para que o atuador supere o atrito no sistema.
Como característica de manejo da aeronave, ela utiliza o tradicional manche, permitindo assim o funcionamento do backdrive , já que o side stick possui a característica de trabalhar com demanda. Outros pontos favoráveis a adoção da coluna são; possibilidade de introduzir sensores de força, de posição; permite adição de feel system. Os aumentos da complexidade e do peso são desvantagens ao se adotar esse modo.

A Embraer optou pela configuração do manche tradicional, entretanto seu sistema de backdrive opera de maneira diferente da arquitetura utilizada pela Boeing. Neste caso, o PA atua através de servomotores diretamente na coluna de controle proporcionando assim atuação nos comandos primários da aeronave, conforme a figura abaixo:

Nesta arquitetura existe uma grande unidade para controle eletrônico denominada MAU – Modular Avionics Unit, que calcula os comandos do PA, através do módulo AFCS – Automatic Flight Control System, responsável por processar as ordens do PA e enviar comandos para o servomotor que aciona a coluna e através do ADS – Air Data System, que processa sinais provenientes de sensores da aeronave. Além disso, há um barramento no MAU que comunica os sinais destas unidades. O diagrama da figura abaixo indica o funcionamento do sistema de controle de uma superfície, de acordo com a arquitetura de controle adotada pela Embraer.

Como aspectos de redundância do AFCS, tem-se a presença de dois canais, sendo que em cada um há dois processadores. Assim, um processador envia comandos para o servo, enquanto o outro monitora os comandos enviados pelo processador e analisa a presença de falhas. Além dos AFCS, existe uma unidade denominada FCM – Flight Control Module, que está relacionada com uma linha digital para controle do ACE.
Na Embraer, a presença do FCM está relacionada a mudança de ganhos na linha digital. Tais ganhos devem ser menores com o aumento da velocidade, pois a altas velocidades, as deflexões nas superfícies devem ser menores, de modo a evitar maiores danos à aeronave. No caso de falha no FCM, não haverá influência nos comandos do ACE, sendo estes todos analógicos, ou seja, independentes do FCM. A comunicação entre FCM e ACE é feita através do CAN – Computer Area Network.
Na configuração Embraer, ainda temos o NIC – Network Interface Computer. O NIC é responsável pela comunicação entre os módulos de modo que sejam levados em consideração aspectos da integridade durante o funcionamento. O AFCS envia um comando para o NIC, que deixa disponível os dados em uma “rede” para poderem ser utilizados pelos componentes do MAU.
Para os ERJ-135 / 140 / 145 são utilizados comandos hidromecânicos para leme de direção e aileron , enquanto que no profundor, ainda temos a presença de cabos e polias. No projeto do Embraer 170 / 175 / 190 / 195, foram utilizados sistemas fly-by-wire para os sistemas de controle de profundor e leme, enquanto que os do aileron são convencionais (hidromecânicos).
Por: Eng. Rodrigo Bertoli Rocha
sábado, 12 de fevereiro de 2011
Qual tem assentos mais largos: o Airbus A320 ou o Boeing 737?


Estas diferenças dependem dos tipos de assentos que as companhias aéreas usam, bem como a configuração da aeronave. Será que essas informações podem mudar suas opiniões sobre voar em Boeing 737 ou Airbus A320?
Fonte: Airline Reporter
Por: Parker David Brown
Foto: Skp
sábado, 5 de fevereiro de 2011
Air Tractor, conceito à 50 anos



Atualmente, no mundo existem aproximadamente 24.000 aeronaves agrícolas, sendo que a sua maior parte opera nos EUA e Rússia. Aproximadamente 375 novas aeronaves agrícolas são produzidas por ano nos EUA e aproximadamente 300.000.000 de acres são aplicados pela aviação agrícola.
Foto: Victor Garciamontes, Colin Hunter, Boran Pivcic
sábado, 29 de janeiro de 2011
M18 Dromader, clássico polonês



Capacidade
M-18-piloto só dos bancos.
M-18A possui um segundo assento para um observador, engenheiro ou mecânico atrás do piloto.
M-18AS e BS ter um segundo cockpit especialmente para voos de instrução.
Dimensões
M-18A - Envergadura de 17.70m, 9.47m de comprimento, mais de 3.70m de altura.
Pesos
M-18A - 2690 kg em vazio, 4.700 kg máximo de decolagem, mas restrito a 4.200 kg, sob FAR 23.
Motor
A unidade de disco é uma radial, compressor de ar do turbo do motor, refrigerado a ar, quadripá. Um 745kW (1000 HP) superalimentado com motor a pistão nove cilindros radiais.
Desempenho
M-18 e M-18A - Velocidade máxima de cruzeiro 128kt, faixa de velocidade normal de funcionamento 90 a 103kt. R/S de 1115ft/min. Teto de serviço 21.235 ft.
Foto: Chris Lofting, Mark Carlisle
sábado, 22 de janeiro de 2011
Piper Matrix, alta performance e mais conforto



Foto: Air Speed, Piper
sábado, 15 de janeiro de 2011
Cumulonimbus na área!
O que ocasiona o CB?
A ação de um CB fica limitada ao diâmetro entre 5 e 25 milhas, cujos topos podem chegar, ou ultrapassar, os 51.000 pés, nas latitudes baixas e nas regiões de ciclones tropicais e furacões. Para o desenvolvimento de um CB, existem três ingredientes essenciais:
- Umidade - A presença de umidade na atmosfera é necessária para a formação da nebulosidade e de precipitação. O sol, além de aquecer o solo e o ar sobre ele, provoca a evaporação da umidade do solo, lagos, rios e oceanos, aumentando assim a umidade do ar.
- Instabilidade - O aquecimento do ar nos níveis próximos ao solo associado ao aumento da umidade desestabiliza a massa de ar. O ar quente é menos denso (mais leve) que o ar frio, então, existindo ar frio e seco acima, a tendência será de troca de ar, com o ar frio descendo e o ar quente subindo. Isto é instabilidade.
- Levantamento – Este é o início de ascensão do ar e o princípio da tempestade. São exemplos de levantamentos:
- Ar movendo-se para cima de uma montanha (levantamento orográfico);
- Ar colidindo com uma frente (levantamento frontal). Frente é a zona de transição entre duas massas de ar diferentes; onde as massas colidem, o ar menos denso (quente ou mais úmido) ascende sobre o outro;
- Ar frio soprando do oceano ou lago podem formar frente de brisa marítima, caso o ar frio colida com o ar mais quente sobre o continente e d) A corrente descendente fria que sai do CB forma “frentes de rajadas”, as quais podem vir a causar o desenvolvimento de novos CB's.
A segunda fase e mais perigosa, é quando a nuvem encontra-se em seu estágio de MATURIDADE. As correntes ascendentes (na vertical) podem chegar a velocidades próximas a 40 nós. Em seu topo, os ventos em altos níveis (na horizontal) começam a formar sua “bigorna ou cabeleira”, chegando, por vezes, a estende-la até 100 milhas a favor do vento. Nesta fase, as correntes ascendentes podem transportar até 8.000 toneladas de água por minuto. O vapor d'água condensa ao colidir nas gotículas da nuvem, as quais aumentam de tamanho à medida que vão sendo levadas para cima.
O que causa o Trovão?
Quando ocorre um relâmpago, a corrente elétrica associada pode chegar a 100 milhões de volts. Parte desta energia é convertida em calor, expandindo o ar em volta de forma explosiva e elevando sua temperatura a valores próximos a 27.000ºC. Depois da descarga elétrica, o ar se resfria rapidamente e se contrai. Esta brusca expansão e contração das moléculas do ar produz a onda de som que nós identificamos como "trovoada". Devido a velocidade da luz ser, aproximadamente, um milhão de vezes mais rápida que a do som, nós vemos o relâmpago antes de escutarmos o trovão.
Quais são os tipos de ocorrências de CB?
Os CB's podem ocorrer das seguintes formas:
- ISOLADOS - Quando a nuvem é única e de forma isolada dentro de uma determinada área;
- CACHOS MULTICÉLULAS - Quando existem vários CB's dentro de uma determinada área e sem uma disposição organizada.
- LINHA DE INSTABILIDADE - Quando existem vários CB's formados em linha, de maneira compacta. É muito comum preceder a sistemas frontais.
- SUPERCÉLULA - Formação extremamente perigosa, com correntes de ar ascendentes e descendentes, suficientemente capazes de se manterem sozinhas como uma só entidade por horas. A rotação do ar elevando-se dentro deste mesociclone favorece a formação de tornados.
Durante o voo: O piloto deverá manter contato com o Centro Meteorológico de Vigilância (CMV) da área, através da frequência VOLMET, a fim de se manter informado sobre as condições meteorológicas em sua rota. O bom senso diz que a única regra de voo válida para todos os níveis e todas as categorias de aeronaves é EVITAR O VOO DENTRO DE UM CB. Como isto nem sempre é possível, um piloto deverá estar preparado psicologicamente para um voo dentro de um CB. Para tal, dois requisitos são essenciais: O piloto deverá ter experiência de voo e a aeronave deverá estar convenientemente equipada e possuir estrutura condicionada para tal voo.
- Apertar os cintos de segurança e fixar todos objetos que estejam soltos;
- Confeccionar mensagem de posição ( AIREP);
- Efetuar varredura com radar, para uma melhor avaliação da nuvem;
- Luzes acesas e cortinas fechadas para evitar cegueira causada pelos relâmpagos e
- Ajustagem da potência para manutenção da VELOCIDADE ÓTIMA DE PENETRAÇÃO. Tomadas essas providências, a penetração na nuvem obedecerá às seguintes regras:
- Manter o rumo de penetração e nunca tentar voltar;
- Manter ATITUDE DE VOO baseado no horizonte artificial;
- Esquecer as variações de altitude e
- Ajustar a potência da aeronave apenas para manter a velocidade em torno da velocidade ótima de penetração.
Fonte: Subdepartamento de Operações - Divisão de Meteorologia Aeronáutica, Redemet