quinta-feira, 29 de julho de 2010

Motores a pistão – Operação em aeroportos de grande altitude

Nos Estados Unidos, para operar em aeródromos de grande altitude, o piloto necessita do chamado "High Altitude Airports Endorsement" na CIV (logbook), o que quer dizer que a tripulação recebeu o treinamento necessário para a operação neste tipo de ambiente. No Brasil isso é inexistente devido à quantidade extremamente pequena de pistas acima dos 3000 pés. A 3000 pés é aonde se começa a considerar um aeroporto de grande altitude. Quando a temperatura for elevada, como é no verão no Arizona (cerca de 40 graus Celsius), isso dá uma Altitude Densidade (a altitude que o motor "pensa" que está) de +- 9000 pés, o que em uma aeronave "aspirada" (i.e. não turbo-alimentada, sem "Turbo-compressor"), significa bem menor potência disponível.

Para decolagem nessas condições, ao contrário do que se faz em baixas altitudes, você deve corrigir a mistura já durante o check pré-decolagem, ainda no solo, antes de alinhar. Isso se faz colocando-se as manetes à pleno (que a 5000 pés já vai gerar bem menos do que a potência máxima) e corrigir a mistura pelo EGT (Exhaust Gas Temperature), deixando no pico de EGT ou talvez uns 100 graus para o lado "rico" do EGT (empobrecer aos poucos até chegar no pico e aí voltar a enriquecer até que o EGT fique uns 100 graus abaixo do pico). Essa configuração é aproximadamente a mistura que lhe dará a maior potência com um pouco de combustível extra para ajudar a refrigerar os cilindros.

Isso resultará em bastante mais potência a 5000 pés do que aquela obtida com a manete de mistura totalmente à frente, que na verdade para essa altitude é rica demais, roubando potência e desperdiçando combustível. Há aeronaves nas quais nem se consegue dar a partida nos motores em uma pista a 5000 pés se a manete de mistura estiver totalmente à frente.

Os cuidados em aeródromos de grande altitude, além da mistura :
  1. A velocidade para decolagem é a mesma Velocidade INDICADA, porém para se chegar nessa indicada, a Velocidade Aerodinâmica (TAS) será maior, isto é, a velocidade real, em relação ao ar, será maior, portanto se consumirá bem mais pista. Isso vale mesmo aeronave sendo turbo-alimentada.

  2. A correção de mistura deve ser feita também antes do pouso, pois caso seja necessário arremeter, você deve estar com a mistura correta.

  3. As trajetórias de vôo após a decolagem serão bem menos inclinadas, isto é, você sairá com a impressão de estar lambendo as coisas ao redor do aeroporto, porque vai estar acostumado às decolagens próximas ao nível do mar.

  4. Aeroportos de grande altitude normalmente estão associados com região de montanhas ou de altos-desertos, o que significa ventos mais fortes, ascendentes e descendentes especialmente próximo às montanhas. Portanto é necessário estar atento.

Fonte: Contato Radar
Por: Arnold Pieper
Foto:
Lee Jangsu, Bernd Sturm

terça-feira, 27 de julho de 2010

R$ 1 bilhão devem ser investidos no Salgado Filho até 2015

Em Porto Alegre, a Infraero tem previsão de investir R$ 1 bilhão até 2015. As principais obras serão na expansão de um terminal de passageiros, na ampliação da pista e na consequente instalação do ILS (clique aqui e entenda o seu funcionamento) Cat-2, equipamento que permite operar com mínimos de teto e visibilidade inferior que o atual. Como a Copa será no inverno, a instalação do equipamento é fundamental para garantir a confiabilidade e fluidez do sistema aéreo. "Durante o Mundial, não podemos ter essa situação de fechar aeroporto por causa do mau tempo", diz o secretário estadual da Copa, Eduardo Antonini. No Brasil todo, devem ser aplicados R$ 6,48 bilhões na modernização dos aeroportos. O governo do Estado do Rio Grande do Sul realiza melhorias em 13 aeroportos regionais, neste ano será disponível R$ 31,2 milhões nestes investimentos.

Para a Copa de 2010, foram investidos pela África do Sul R$ 4,7 bilhões. O aeroporto de Joanesburgo, é um exemplo na eficiência, do desembarque à porto do terminal, mesmo pegando malas na esteira, a média de tempo foi de 15 minutos. O país da África da Sul como havia pouca opção para o deslocamento pelo país, modernizou os termais ou construiu outros.

Fonte: Zero Hora
Por: Rodrigo Müzell

sexta-feira, 23 de julho de 2010

Tarifa aérea de abril é a mais baixa em 8 anos

As passagens aéreas no Brasil tiveram, em abril, o menor valor médio mensal desde 2002, ano de início dos cálculos realizados pela Anac (Agência Nacional de Aviação Civil). A tarifa média pago em voos nacionais foi de R$ 256,13 em abril deste ano. De acordo com a agência, os preços mais acessíveis são consequência, principalmente, do acirramento da competição do setor e da oferta de crédito maior, possibilitando o parcelamento dos bilhetes.

Com o crescimento da concorrência, as maiores companhias perderam mercado nos últimos anos. Em meados de 2005, TAM, Varig e Gol correspondiam a 92,68% do mercado. Em junho, Gol, que incorporou a Varig, mais TAM respondem por 82,89% da demanda doméstica. O parcelamento de passagens também foi um fator determinante para incluir a classe C na rota aérea. Atualmente, pode-se dividir uma passagem em até 48 vezes, mas com juros.

O valor médio varia mensalmente sem seguir uma lógica determinada. Mesmo em meses de férias, quando o movimento é maior, o preço não registra uma tendência constante de aumento. Nos anos de 2002 a 2007 e 2009, o preço de junho e julho não foi o maior. Somente em 2008 o mês de julho foi o mais caro do ano. No mês de junho, o fluxo de passageiros nas companhias aéreas brasileiras cresceu 16,81%, em relação ao mesmo período do ano passado. A taxa média de ocupação dos aviões em viagens domésticas ficou em 64,53%, o que representa uma queda em relação à taxa de 65,44% exibida em junho do ano passado.

Fonte: Valor Econômico
Por: Tarso Veloso, de Brasília
Foto: Flávio Guerra

Piloto de avião vai ter de fazer antidoping

Pilotos de aviões serão obrigados a fazer testes toxicológicos periódicos e após acidentes ou qualquer outro tipo de problema, mesmo que tenham acontecido em solo. As novas regras estão em regulamento colocado em consulta pública pela Anac (Agência Nacional de Aviação Civil). Profissional flagrado no antidoping, que identifica substâncias como maconha, cocaína, crack, álcool e LSD, será afastado e só poderá voltar ao serviço após passar por tratamento contra o vício.

Caso o profissional se recuse a fazer o teste, ficará proibido de trabalhar e a punição será de até um ano de suspensão da licença, no caso do piloto, por exemplo. Outros países, como os EUA, já adotam a prática. Os exames mais sofisticados, realizados a partir de amostras de cabelo, conseguem detectar produtos psicoativos consumidos até três meses antes do teste. Em caso de acidentes, a norma estabelece um prazo de até oito horas para que as pessoas envolvidas passem pelo exame que detecta consumo de álcool e de no máximo 32 horas para outras substâncias psicoativas.

Além de pilotos, estão sujeitos aos testes os demais tripulantes das aeronaves, o pessoal que trabalhar nos setores de bagagem, combustíveis, manutenção, agentes de segurança e bombeiros. A secretária de previdência do Sindicato Nacional dos Aeronautas, Graziela Baggio, defende que o sistema seja usado somente para monitorar, mas não punir os funcionários. "O que não pode é empresas utilizarem os resultados para demissão por justa causa. Elas têm de usar para ajudar a recuperar o aeronauta, pois é algo que pode destruir a vida de uma pessoa." No plano da Anac, em companhias com até 500 empregados ao menos metade deles deve ser examinada.

O diretor técnico do Snea (Sindicato Nacional das Empresas Aeroviárias), Ronaldo Jenkins de Lemos, diz que o setor apoia a implantação do controle de drogas. "Já temos empresas, principalmente de helicópteros, que fazem isso há muito tempo. Agora teremos um amparo legal, porque você não pode fazer nada hoje se um funcionário não aceitar o exame", diz Jenkins. A Azul realiza uma média de cem testes mensais. Até o final de maio, somente quatro entre cerca de 1.900 testes feitos deram positivo.

Fonte: Folha de São Paulo
Por: José Ernesto Credendio, de Brasília
All Aviation Sites

quinta-feira, 22 de julho de 2010

ANAC acompanha operações da Air France no Brasil

Em relação aos últimos acontecimentos que cancelaram voos da Air France, a ANAC já entrou em contato com o órgão regulador francês para informá-lo sobre os fatos e que a ANAC está intensificando as fiscalizações na companhia francesa. Desde a semana passada, a ANAC está realizando inspeções nas aeronaves Air France. Até o momento, a ANAC verificou que a Air France cumpriu as regras de segurança.

A companhia respondeu ao ofício enviado pela ANAC na semana passada e confirmou o problema nos banheiros, bem como sua solução. A empresa informou que cumpriu toda a assistência aos passageiros prevista na Resolução nº 141. Informou, ainda, que técnicos vieram de Paris para acompanhar a manutenção e trazer peças de reposição.

A empresa Air France e suas aeronaves são certificadas pelo órgão regulador francês. Tanto o certificado da empresa aérea quanto o certificado de aeronavegabilidade da aeronave são aceitos no Brasil e atestam que uma aeronave da companhia aérea tem condições técnicas para realizar voos, assim como a certificação brasileira é aceita em outros países.

A Air France opera no Brasil seguindo as normas previstas no Regulamento Brasileiro de Homologação Aeronáutica nº 129 (RBHA 129). Entre outros requisitos, o regulamento determina que as empresas descrevam a organização das estruturas de apoio de manutenção e de despacho operacional de voo propostas para as operações a serem conduzidas no Brasil.

Fonte: Anac
Foto: Samuel Dupont

Aeroportos da Copa estão sem projetos, diz Infraero

Documento da Infraero mostra que, dos 13 aeroportos que passarão por obras em 12 cidades-sede até a Copa do Mundo de 2014, quatro nem sequer contam com projetos até agora. Um número ainda maior de aeroportos do pacote (sete) têm o início das obras programado entre janeiro de 2011 e fevereiro de 2012.

A estatal que controla os aeroportos do País prevê ainda um intervalo de apenas seis meses entre o início da elaboração do projeto, recém licitado, e o início das obras do terceiro terminal de passageiros do aeroporto internacional de Guarulhos. Essa é a obra mais cara do pacote destinado às sedes da Copa e seu cronograma - difícil de ser cumprido - dá uma ideia dos riscos de os investimentos de R$ 5 bilhões programados pelo governo até 2014 não ficarem prontos a tempo. No intervalo de seis meses previsto no cronograma do aeroporto de Guarulhos, os projetos terão de ser detalhados e uma nova licitação precisará ser feita para a obra bilionária.

O único aeroporto que já tem obras iniciadas é o Galeão, no Rio de Janeiro, mas já com atraso registrado em relatório do Tribunal de Contas da União (TCU). Entre os aeroportos que receberão investimentos por causa da Copa, o novo aeroporto de Natal, São Gonçalo do Amarante, enfrenta situação particular. Por ora, a obra da pista avança sem definição de quem vai construir e operar o terminal de passageiros para o embarque e o desembarque dos voos. O aeroporto será objeto de concessão à iniciativa privada - a primeira do país -, cujo modelo ainda passa por definição no governo.

TAM vai voar para África e Japão

A TAM vai voar para Angola e África do Sul até o fim do ano. A rota para Luanda será operada com voos próprios, três vezes por semana. Para Johannesburgo, a operação será feita em code share com a South African Airways. A empresa brasileira deve ter ligações ainda para o Japão, em parceria com a All Nippon Airways. Paulo Castello Branco, vice-presidente comercial da TAM, falou a em entrevista sobre projetos para rotas internacionais este ano.

O presidente Lula reclamou da falta de voos de companhias nacionais para a África. A TAM tem autorização para voar para Johannesburgo. Vai usá-la?
PCB: A intenção era iniciar voos para a África do Sul em dezembro passado. Com a crise, contudo, não havia garantia de rentabilidade para a rota. Com nosso ingresso na Star Alliance, em maio, nossas oportunidades para o exterior crescem. Vamos começar a voar para Johannesburgo com a South African Airways até o fim do ano.

É experiência para ter voos próprios?
PCB: É um primeiro passo. A linha própria ainda não é financeiramente viável. Mas fizemos um estudo de demanda para voar para Angola. E teremos três frequências semanais São Paulo-Luanda até dezembro.

E o custo Brasil pesa na decisão de não ter voos próprios para destinos no exterior?
PCB: Sim. O preço do querosene para aviação é muito alto aqui. Soma 30% dos custos da TAM. A Varig, quando voava para a África do Sul, tinha subsídio do governo.

Os voos internacionais foram afetados na época da crise. Já voltaram a crescer?
PCB: As tarifas vêm se recuperando e, em dólar, estão 15% acima das de 2009. Os voos de longo curso (para Europa e EUA) têm 85% de ocupação. No dia 10, vamos começar a voar Rio-Frankfurt com 97% de ocupação na 1asemana. No mesmo dia, iniciamos operações para Londres. Até outubro, virá a Colômbia. E já temos conversas avançadas para voar em code share com a All Nippon Airways para o Japão, via Londres.

Fonte: O Globo
Por: Maria Fernanda Delmas
Foto: Bruno Pereira
All Aviation Sites

quarta-feira, 21 de julho de 2010

Azul e Trip investem na ampliação da frota

As companhias de aviação brasileiras se abastecem para atender o mercado e colocar em prática suas estratégias para os próximos anos. A Azul e a Trip partem para a compra de novas aeronaves, de acordo com anúncios na feira de Farnborough, nos arredores de Londres. A Azul decidiu ampliar a frota, até então formada apenas por aviões da Embraer, com a aquisição de 40 unidades da franco-italiana ATR, sendo 20 ofertas firmes e 20 opções, num negócio estimado em US$ 850 milhões que será oficializado hoje.

A Trip faz o caminho inverso, em estratégias que começam a se esbarrar. A companhia é hoje a maior cliente da ATR na América Latina, com 30 unidades, e agora aumenta sua frota de jatos com a compra de dois Embraer 190, de 106 lugares, no valor de total de US$ 80 milhões. Essas aeronaves se juntam aos seis Embraer 175 já operados pela Trip.

Ao comprar aviões menores, os ATR 72 de 70 lugares, o objetivo da Azul é atender cidades secundárias, hoje com pouco ou nenhum serviço à disposição. As aeronaves farão rotas de até 600 quilômetros, como ramificações a partir da malha já estruturada com os jatos da Embraer e centradas nos municípios maiores.

Até o fim do ano, a empresa pretende atender mais quatro cidades no País, além de Brasília, a partir do início de agosto, totalizando 26 municípios. O objetivo é transportar 4 milhões de passageiros em 2010, quase o dobro dos 2,2 milhões movimentados no primeiro ano de atuação. A empresa classifica a estratégia como "um passo além no modelo", agora com a intenção de operar de forma integrada serviços nacionais entre grandes centros e cidades de porte médio.

As cinco unidades adicionais compradas da Embraer devem chegar nos próximos meses e assim a Azul encerrará o ano com frota de 26 aviões. "A Embraer estava passando por um período difícil, tinham aeronaves sobrando e perguntaram se nós queríamos", diz o fundador e presidente do conselho de administração da Azul, David Neeleman.

Por: Daniela Milanese

Webjet decide cobrar por refeição servida durante os voos

A companhia aérea Webjet informou nesta terça-feira que a partir do dia 3 de agosto venderá alimentos a bordo. Inicialmente, o serviço será oferecido em dois voos da companhia que fazem a ligação entre São Paulo e Salvador. Segundo nota da companhia, "a prática, comum nos EUA e Europa, permite que a empresa brasileira aumente a oferta de opções aos seus clientes e mantenha suas tarifas entre as mais baixas do mercado".

No cardápio haverá sanduíches, cupcakes (bolinhos confeitados), sopa, chocolate, cerveja, refrigerantes, sucos, bebidas quentes, entre outros. De acordo com a empresa, os comissários foram treinados para o atendimento. "O tripulante que faz a cobrança, por exemplo, não é o mesmo que distribui as refeições. Outra preocupação foi que todos os procedimentos atendessem às normas da Anvisa", disse em nota Julio Perotti, superintendente da companhia.

Foto: Roni de Andrade

Embraer fecha acordos de até US$ 5,8 bilhões

A companhia brasileira anunciou no Salão Aeronáutico de Farnborough, no Reino Unido, a assinatura de dois contratos para o fornecimento de até 160 aviões, em um montante estimado em até US$ 5,8 bilhões. As encomendas põem a Embraer entre as mais bem-sucedidas da feira, que marca a retomada da atividade dos construtores aeronáuticos e das companhias aéreas, fortemente afetadas pela recessão do setor.

O maior contrato foi firmado com a British European, ou Flybe, para a compra de 35 aviões E175, cuja capacidade é de 88 passageiros. Há ainda opções de compra de outros 65 aparelhos e direitos de compra de 40 unidades do mesmo modelo. No total, o potencial do contrato com a companhia low cost chega a 140 exemplares. O valor do negócio vai oscilar entre US$ 1,3 bilhão e US$ 5 bilhões. O segundo anúncio foi feito em conjunto com a Air Lease Corporation (ALC), que encomendou 20 aviões E190 - 15 em compra e cinco como opção de compra. O valor total não foi revelado, mas, considerando-se os preços de catálogo da aeronave, estima-se que o contrato possa chegar aos US$ 798 milhões.

Para a ALC, uma nova companhia de compra, leasing e financiamento de aviões, os E-190 são mais do que adaptadas para voos regionais. "Estamos convencidos de que se trata da aeronave certa não somente para a aviação regional, mas que, devido à grande economia, atratividade para o passageiro e confiabilidade, também representa uma importante parcela das operações das companhias aéreas que operam nas rotas principais", analisou John Plueger, presidente da ALC.


Por: Andrei Netto, de Paris

quinta-feira, 15 de julho de 2010

TAM compra marca da família Amaro por R$ 170 milhões

A TAM Linhas Aéreas vai pagar quase R$ 170 milhões pela bandeira TAM, informou ontem a maior empresa aérea brasileira. Com isso, vai deixar de pagar R$ 17 milhões em royalties por ano à família Amaro, controladora da companhia, pelo uso da marca. Essa prática incomodava o mercado desde que ela lançou ações em bolsa, em junho de 2005.

O negócio será realizado por meio da aquisição da totalidade de ações da Milor Táxi Aéreo, Representações, Marcas e Patentes. Essa empresa, pertencente à família Amaro, é a que tem a propriedade da bandeira TAM e outras marca correlatas, como TAM Aviação Executiva e TAM Táxi Aéreo.

Segundo Líbano Barroso, presidente da TAM, a aquisição coloca a companhia "nos mais altos níveis de governança", já que essa seria "a única transação com partes relacionadas" do grupo. Apesar de dizer que a operação era feita "em condições equilibradas", ele admite que representava uma saída de caixa para uma parte dos acionistas diferente dos outros. "Com isso, estamos cumprindo com o segundo objetivo, que é reduzir as saídas de caixa."

O negócio será pago 15% em dinheiro na data de assinatura do contrato. Os 85% restantes serão quitados com notas promissórias em favor da família Amaro, que fará um aumento de capital por meio da subscrição de ações ordinárias. A operação será submetida à Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) e aos órgãos de defesa da concorrência.

"Esse era o único ponto sobre o qual alguns acionistas em bolsa, alguns grande fundos, questionavam o porquê da empresa não deter a própria marca e não parar com esse pagamento. Com isso, estamos fazendo a um preço bem menor do que reconstruir uma marca", diz Líbano. Ele acredita que a operação deverá resultar num aumento de até 3% do capital total da TAM. Ontem, as ações preferenciais da TAM fecharam em alta de 1,33%.

Entre analistas do setor aéreo, a percepção de que a negociação da TAM mira uma futura valorização da marca. "A administração da TAM percebeu que a sua entrada na aliança global Star Alliance vai valorizar muito a marca nos próximos anos", diz o analista de aviação da Planner Corretora, Brian Moretti. Segundo a consultoria de marcas Interbrand, a bandeira TAM vale R$ 347 milhões, o mais alto valor no transporte aéreo do país e o 17º entre as marcas brasileiras.

Fonte: Valor Econômico
Por: Alberto Komatsu, de São Paulo
Foto: Bruno Pereira

Demanda por voos domésticos cresce 16,8% em junho

A demanda por voos domésticos cresceu 16,81% em junho, na comparação com o mesmo mês de 2009, informou a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). Pela primeira vez em onze meses, o setor cresceu menos de 20%, em linha com uma tendência de acomodação no ritmo de expansão das companhias aéreas. Em junho, a taxa de ocupação em voos domésticos ficou em 64,53%, abaixo dos 65,44% de um ano antes.

O balanço mostra que a TAM liderou o mercado, com uma participação de 42,91%, já a Gol registrou 39,11%. Em maio a diferença entre as duas companhias era de 0,7% a favor da TAM. Na sequência da disputa de participação do mercado doméstico esta a Webjet, com 6,15%, em seguida vem a Azul com 5,68% e a Avianca com 2,74%. No caso dos voos internacionais operador por companhias aéreas brasileiras, o crescimento em junho foi de 22,31%. Nos seis primeiros meses do ano, a demanda dos voos domésticos cresceu 27,58%, enquanto os voos internacionas teve um crescimento de 13,42%.

Fonte:
Valor Online
Por: Eduardo Laguna
Foto:
Flávio Guerra

quarta-feira, 14 de julho de 2010

Infraero inicia projetos para 3º terminal de Guarulhos

A Infraero informou hoje que já concluiu a licitação para contratar as empresas especializadas que vão elaborar os projetos de engenharia para a construção do terceiro terminal de passageiros do Aeroporto Internacional de Guarulhos, em São Paulo. O vencedor da licitação foi o consórcio MAG, formando pelas empresas PJJ Malucelli Arquitetura e Construção, Andrade e Rezende Engenharia de Projetos e Gabinete de Projetação Arquitetônica. A elaboração dos projetos custará R$ 22,6 milhões à Infraero. As empresas de engenharia e construção farão os estudos preliminares, os projetos básico e executivo. Os estudos prevêem ainda a realização de serviços complementares, como o sistema viário de acesso e o pátio de estacionamento de aeronaves.

O consórcio terá um prazo de 23 meses, contados a partir da ordem de serviço a ser emitida pela Infraero. A Infraero ainda informou que o aeroporto de Guarulhos terá aumentado a sua atual capacidade de movimentação de 24 milhões de passageiros por ano para 35 milhões de passageiros até 2014. A estatal investirá R$ 952 milhões no aeroporto entre 2011 e 2014. Essas obras incluem a ampliação do sistema de pátio e pista, orçada em R$ 232,5 milhões; a construção de pista de taxi, ao custo de R$ 10 milhões; a instalação de dois módulos operacionais, estimado em R$ 55,7 milhões; e construção da primeira fase do terceiro terminal de passageiros, com investimento de R$ 653,8 milhões.

Por: Rafael Bitencourt

sexta-feira, 9 de julho de 2010

Entrega de aviões da Embraer cresce no 2º trimestre

A Embraer anunciou nesta quinta-feira que entregou 69 aviões no segundo trimestre, uma alta ante os 56 despachados um ano antes. O aumento ocorreu com entregas maiores de jatos executivos e um volume menor de aviões comerciais enviados a clientes. A carteira de pedidos firmes da empresa somava US$ 15,2 bilhões em 30 de junho, uma queda de 5% sobre os US$ 16 bilhões dos três primeiros meses do ano. Um ano antes, a carteira estava em US$ 19,8 bilhões.

A empresa entregou 40 jatos executivos no segundo trimestre, mais que duas vezes o volume de 19 aviões do segmento despachado no mesmo período de 2009. A maior parte das entregas foi do pequeno Phenom 100, somando 35 unidades. No semestre, foram 59 envios. Na aviação comercial foram 29 aviões, contra 35 um ano antes, dos quais 15 do modelo 190. De janeiro a junho, a área acumula 50 entregas.

No total, a Embraer entregou no primeiro semestre um total 110 aviões, incluindo um Legacy 600 do segmento de defesa, contra 96 de janeiro a junho de 2009. A expectativa de entregas para 2010 é de 90 aviões comerciais e 137 jatos executivos. Em 2009, as entregas totalizaram 244 unidades, incluindo o segmento militar.

Fonte: Folha Online
Foto: André Martinis

terça-feira, 6 de julho de 2010

Air France vai cortar mais de 4 mil empregos até 2013

A Air France planeja cortar mais de 4 mil postos de trabalho administrativos e em terra nos próximos três anos para reduzir custos depois do impacto da crise econômica que fez a companhia aérea registrar prejuízo recorde no ano até março.

A companhia aérea vai reduzir sua força de trabalho por meio de redundâncias voluntárias e com a não substituição de funcionários que vão se aposentar, informou uma porta-voz. A Air France-KLM emprega 103 mil pessoas, dos quais 63 mil são da Air France. "O equivalente a 4.109 funcionários em tempo integral vão deixar a empresa até 2013", afirmou a porta-voz.
A companhia informou em maio que espera chegar ao equilíbrio financeiro este ano depois de ter prejuízo de US$ 1,74 bilhão no ano até 31 de março. A Associação Internacional de Transporte Aéreo (Iata) reverteu no mês passado previsão para a indústria aérea global, afirmando que agora espera que as empresas tenham um lucro este ano. A previsão anterior era de prejuízo.

Fonte: O Estado de S. Paulo
Por: Jean-Michel Belot e James Regan de Paris
Foto: Samuel Dupont

segunda-feira, 5 de julho de 2010

Gargalo no Ar

Depois do estrangulamento do setor portuário, agora é a vez de os aeroportos sentirem os efeitos da falta de infraestrutura para o transporte de cargas. Faltam áreas de armazenagem, instalações para produtos especiais e mão de obra suficiente para liberar as mercadorias nos padrões internacionais.

Os primeiros sinais de estrangulamento surgiram em 2008, antes da crise, quando alguns terminais operavam acima da capacidade, conforme estudo da McKinsey&Company, a pedido do BNDES. Com o arrefecimento da economia, os aeroportos passaram bem por 2009. Mas o alívio durou pouco. Desde o início do ano, o volume de importações, que cresceu 41,5% até maio, tornou visível a fragilidade do transporte aéreo.

Em Guarulhos, aeroporto que concentra 54% da carga aérea movimentada no país, além de locais de armazenagem, faltam câmaras refrigeradas para acomodar produtos perecíveis e medicamentos, diz o presidente do Sindicato dos Despachantes Aduaneiros, Valdir Santos. No Aeroporto Internacional Salgado Filho em Porto Alegre, o principal problema é a atual extensão da pista, insuficiente para a operação de cargueiros de grande porte, encarecendo ou desestimulando o transporte aéreo de cargas.

O professor de comércio exterior da Unisinos, Alex Pipkin, diz que a maioria das companhias acaba transportando os produtos por rodovia até os aeroportos de Guarulhos (SP) ou Galeão (RJ), com capacidade para grandes aeronaves de carga ou mistas (passageiros e cargas).– Essa situação inibe a competitividade das empresas.
Foto: KianHong

quinta-feira, 1 de julho de 2010

JAL negocia perdão de dívida de US$ 4,5 bilhões

A Japan Airlines (JAL), que vai cancelar, por tempo indeterminado, seus dois voos semanais entre São Paulo e Tóquio a partir de 30 de setembro, deve pedir a seus bancos credores um perdão de dívida de cerca de US$ 4,5 bilhões. Inicialmente, o pedido da JAL envolveria em torno de US$ 4 bilhões. O patrimônio líquido negativo da companhia projeta-se que pode chegar a US$ 11,2 bilhões, informou ontem a Bloomberg, citando a imprensa japonesa.

O "Enterprise Turnaround Initiative Corp. of Japan", entidade do governo japonês que está apoiando a reestruturação da JAL, estaria interessada em aumentar seu aporte de capital na empresa além do plano inicial de US$ 3,4 bilhões. No mês passado, a JAL teve lucro operacional de US$ 41,6 milhões.

A crise financeira da maior companhia aérea japonesa obrigou-a a alterar seu plano de rotas e voos para 2010, resultando no cancelamento, por tempo indeterminado, de 45 rotas, sendo 30 no seu mercado doméstico e 15 no exterior. Em comparação com 2008, a oferta de assentos da companhia no exterior vai ser reduzida em 40%, com o fechamento de 11 bases operacionais.

No Brasil, o escritório da JAL em São Paulo permanecerá em funcionamento. Sua função será a venda de passagens para aqueles que queiram voar do Brasil para Tóquio. No entanto, o trecho entre São Paulo e Nova York, por exemplo, será operado por parceiras como TAM ou American Airlines. De Nova York a Tóquio, o voo continuará sendo operado pela JAL.

Fonte: Valor Econômico
Por: Alberto Komatsu, de São Paulo
Foto: Jjss