domingo, 31 de outubro de 2010

Investigações descartam artefato explosivo como causa do acidente do Boeing 747 da UPS em Dubai

Os investigadores não estão ligando como fator contribuinte artefato explosivos no cargueiro Boeing 747-400 da UPS em Dubai acidentado no dia 3 setembro. Se levantou esta suspeita por causa da recente descoberta de artefatos explosivos escondidos em remessas de cargas em aviões da transportadora UPS.

Os United Arab Emirates General Civil Aviation Authority (GCAA), que é um orgão que regular a aviação civil e também a presta serviços à aviação com respeito à segurança de voo nos Emirados Árabes Unidos, insiste que está "eliminado" a possibilidade de uma explosão a bordo durante o acidente. Ambos os pilotos do 747 morreram após a tentativa de voltar a Dubai, após um alarme de incêndio e a propagação de fumaça no cockpit, enquanto sobrevoava Bahrein, no Golfo Pérsico.

"Não houve presença de elementos acústicos ou qualquer ligação com à detonação de algum artefato explosivo", informou o GCAA após algumas conclusões dos destroços do avião, bem como informações a partir dos gravadores de voz e dados de vôo. Foi acrescentado que ainda estão tentando determinar a causa do incêndio a bordo da aeronave. Já o FAA elaborou novos procedimentos para a manipulação de baterias de lítio - que havia sido encontrada em parte da carga, após o acidente.

A UPS suspendeu todos os serviços no país árabe Iêmen, após a descoberta de um artefato explosivo no Aeroporto de East Midlands, no Reino Unido. Um segundo dispositivo foi descoberto em Dubai depois de ter sido realizado a partir da capital iemenita Sanaa, sobre os serviços da Qatar Airways.

Qatar Airways admitiu que seus aviões transportaram o dispositivo, mas salienta que a responsabilidade pela fiscalização e rastreamento de carga fica com o Estado de origem. "Além disso, os explosivos foram descobertos de uma natureza sofisticada pelo qual eles não poderiam ser detectados pelo raio-X e cães farejadores treinados", acrescenta a transportadora. "Os explosivos só foram descobertos após uma denúncia de inteligência fora."

Fonte: Flight Global, Wikipedia
Por: David Kaminski-Morrow
Foto: Ben Wang, Bianca Renz

sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Justiça determina devolução de Legacy aos EUA

A Justiça Federal de Mato Grosso determinou a devolução do jato Legacy, envolvido no acidente com o avião da Gol em setembro de 2006, para a empresa americana Cloudscape Incorporation. O pedido foi deferido pelo juiz Fábio Henrique Rodrigues de Moraes Fiorenza no final de agosto e encaminhado à Aeronáutica, que ainda não definiu a data da entrega.

A empresa amerciana apresentou o pedido ao Ministério Público, que tomou posição favorável. Segundo a Justiça, os equipamentos fundamentais para a investigação, como a caixa-preta e o transpoder continuarão no País, sob poder da Polícia Federal. O jato Legacy encontra-se apreendido desde o acidente na Base Áerea Serra do Cachimbo, no Pará. De acordo com a Força Aérea Brasileira (FAB), a data de entrega ainda precisa ser definida com a empresa americana.

Na última terça-feira, o sargento Jomarcelo Fernandes dos Santos, 31 anos, foi condenado pela Justiça Militar a um ano e dois meses de prisão por homicídio culposo (quando não há intenção de matar) pelo acidente no voo 1907. Jomarcelo trabalhou como controlador de voo no controle de tráfego aéreo no dia do acidente. Os outros dois controladores de voo foram julgados, porém, foram absolvidos das acusações de negligência e de não observar as normas militares de segurança.

Um pedido para retirar as licenças profissionais dos pilotos do Legacy, Joseph Lepore e Jan Paul Paladino, foi negado pela Federal Aviation Administration (FAA), nos Estados Unidos. A solicitação havia sido feita em abril, por uma comitiva de deputados brasileiros e representantes das famílias das vítimas, que apresentou um laudo, endossado pelo Ministério Público Federal do Brasil, que acusa os pilotos de não terem acionado o TCAS, equipamento responsável pelo contato entre a aeronave e as torres de transmissão.

Passagens aéreas internacionais nas agências devem ter reajuste de 7% em novembro

A partir do dia 7 de novembro as passagens aéreas internacionais devem sofrer um reajuste de 7% nas agências de viagens e operadoras. O aumento é decorrente da mudança no cálculo da comissão que até então era paga pela empresas aéreas aos agentes de viagens. Segundo determinação da Iata Brasil com o fim do comissionamento pago nos voos internacionais pelas aéreas às agências fica a critério de cada agência passar a efetuar a cobrança da taxa de serviço, no modelo RAV (Remuneração do Agente de Viagens).

A RAV será paga pelo cliente à agência e terá o valor de 7% sobre o valor da tarifa e poderá ser alterada de acordo com a política de precificação de cada agência. Quando se tratar de emissão em cartão de crédito, a nova modalidade será feita pelo consolidador e repassada para a agência em invoice. A RAV envolverá dois débitos no cartão de crédito, um para a cobrança da tarifa e outro para a cobrança da RAV.

Será cobrada uma taxa administrativa dos cartões de crédito de 3,5% sobre a RAV e que será pela agência emissora. Já a partir do próximo mês a Alitália confirmou que passa a adotar o sistema de pagamento de 0%. Outras aéreas que operam voos internacionais devem seguir o mesmo procedimento.

O presidente da Abav Nacional, Carlos Alberto Amorim informou que fica a critério de cada agência aplicar a RAV ou não. O temor das agências de viagens é que os consumidores concentrem ainda mais suas compras de passagens pela internet onde o preço da tarifa internacional não sofrerá qualquer mudança em função do novo sistema.


Por: Luiz Marcos Fernandes

RV-9, muito além de ser ultraleve

A Vans Aircraft fabricante das aeronaves RV, sempre buscou resultados para a máxima performance e a incrível habilidade de fazer tudo o que se imagina, tornar realidade. Porém velocidades espantosas e características acrobáticas não são importantes para a maioria dos pilotos, em voos de dia-a-dia, pequenos passeios, viagens tranquilas e até mesmos longos voos, essas características acrobáticas se fazem desnecessárias, e é nesse cenário em que se encaixa o RV-9/9A.

A diferença do RV-9/9A para os outros RV, são as asas. Elas são maiores e mais largas que as asas usadas nos RV-4/6/8 , e também o aumento na superfície alar lhe deu maior sustentação a baixa potência tornando tão fácil de operar quanto um treinador primário. Os flaps são do tipo slotted, de alta sustentação que faz o pouso ser muito simples. A fuselagem e a cabine continuam robusta como num acrobático RV-7/7A, do qual também foram herdados o canopy, e trem de pousos tanto triciclo (RV-9A) quanto convencional(RV-9).

Com essa eficiente configuração o RV-9 precisa de muito menos potência que seus antecessores, visto que não se trata de um acrobático, equipado com um motor Lycoming 118 HP, ele se torna dócil e eficiente, já equipado com um motor IO-360 160 hp, com altas velocidades de cruzeiro e grandes razões de subidas, isso tudo sem sacrificar a performance a baixas velocidades. O preço do modelo RV-9 com o motor Lycoming Injetado 160 HP é U$129.900,00.

Para a aviação experimental, essa máquina pode ultrapassar limites dos próprios pilotos. Isso quer dizer que esta aeronave tem capacidades para qual alguns pilotos desportivos não estejam preparados. Infelizmente, muitos desses varando pistas, ingressando em atitudes anormais sem ter como sair delas, até mesmo voando por instrumentos sem treinamento para isso.

Bolsas de Estudos para Mecânicos

A Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) lançou um programa para incentivar a formação de mecânicos de manutenção aeronáutica para atender a demanda do setor. Ao todo são 914 bolsas de estudo até 2012 para os cursos básico e de especialização em motores (grupo motopropulsor, célula ou aviônicos).

De acordo com a Anac, são três escolas conveniadas, o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) de Santa Catarina, o Aeroclube de Bauru (SP) e a escola Asas de Socorro, de Anápolis (GO). A Agência vai cobrir 75% das aulas e diz que, sem a bolsa, a formação de um mecânico de aviação custa entre R$ 3 mil e R$ 4 mil.

Não há limite de idade para os candidatos. Os interessados ao módulo básico precisam ter concluído ou cursar a partir do segundo ano do ensino médio. Para fazer o módulo especializado os candidatos preciso ter concluído curso básico, apresentando certificado de escola homologada pela ANAC.

De acordo com a Anac, atualmente estão em atividade no Brasil, 17,6 mil pilotos e 9,4 mil mecânicos de aviação, para uma frota de 11,6 mil aeronaves. As bolsas, diz a Anac, visam a atender a demanda do mercado na formação de mão de obra especializada para manutenção de aeronaves.

As inscrições para o Projeto de Bolsas de Mecânicos de Manutenção Aeronáutica já estão abertas. Serão três entidades participantes, sendo que cada uma delas estabelecerá seu processo para seleção dos alunos bolsistas. Os interessados devem conferir as instruções presentes nos editais das entidades participantes do projeto:

Escola de Aviação Civil Asas de Socorro

Localização: Anápolis/Go

Edital: http://www.asasdesocorro.org.br/html/atuacao.php?Doc=115
Período de inscrição: 22/10/2010 a 03/11/2010
Início das aulas: 16/11/2010 (outras turmas serão disponibilizadas posteriormente)
Telefone: (62) 40140333/33146102

Aeroclube de Bauru

Localização: Bauru/SP
Edital:
http://www.aeroclubebauru.com.br
Período de Inscrição: 26/10/2010 a 12/11/2010
Início das Aulas: 06/12/2010
Telefone: (14) 32347900 / 3223-1800 / 3227-6919

SENAI/SC

Localização: São José/SC
Edital: Ainda não foi divulgado
Site da Instituição:
http://www.sc.senai.br/
Início das Aulas: Previsto para Janeiro de 2011

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Trip discutem novos voos regionais para o Sul do Maranhão

A Secretaria de Turismo do Maranhão se reuniu com a companhia Trip para debater a colocação de voos regionais que atendam a região Sul do estado do Maranhão. "Já estamos estudando os destinos que podemos atender e a demanda que existe principalmente nos municípios de Carolina, Estreito e Balsas, temos certeza que a parceria com o governo vai trazer ganhos para o incremento do acesso para cá", explica Lucas Frade, Gerente Regional de Vendas. Segundo ele, a primeira etapa para a colocação dos vôos vai depender de um estudo de viabilidade de acesso para o estado.

Finalizada esta etapa a companhia deve mapear os destinos que serão contemplados pela entrada dos novos voos, "A proposta é interligar os atrativos localizados no Maranhão e com a entrada da Trip na região da Chapada sem dúvida vai ajudar no deslocamento mais rápido para a região", comentou Guilherme Marques, presidente da Associação Brasileira de Agências de Viagens do Maranhão (ABAV).

Segundo o Secretário de Turismo do Estado Tadeu Palácio o objetivo é buscar cada vez mais mecanismos e parcerias que facilitem ao máximo o deslocamento do turista para o estado. "Iniciamos uma conversa ainda durante a feira da Abav e temos certeza que o projeto de cooperação entre governo e a Trip trará bons resultados para o turismo do Maranhão", conclui o secretário.


quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Em São Luís, Infraero conclui 1° fase de obra na pista

A Infraero concluiu no dia 21, a pavimentação de um trecho de 550 metros da pista principal do Aeroporto Internacional de São Luís / Marechal Cunha Machado. Trata-se da primeira etapa das obras de manutenção e recuperação do serviço, executado pelo Departamento de Engenharia e Construção do Exército Brasileiro.

A ordem de serviço foi assinada em junho e, ao todo, R$ 10,68 milhões serão investidos nos serviços da pista, que ainda têm três etapas a serem executadas até dezembro, quando os trabalhos serão interrompidos em função da movimentação de aeronaves que cresce no final do ano. A previsão é de que logo após o feriado de fim de ano os trabalhos sejam retomados.

O superintendente do aeroporto, Hildebrando Correia, enfatizou a importância dessas obras para os usuários do aeroporto. “Com estes trabalhos, ampliaremos a segurança das operações. Outro destaque é que a pista terá condições de receber aeronaves de maior porte, como um Boeing 767”, finalizou Correia. Futuramente terá o saguão reformado, com o objetivo de receber mais companhias aéreas, entre elas algumas companhias internacionais que consideram o aeroporto em uma boa posição para a Europa e para o resto dos países americanos.


Fonte: Panrotas
Por: Claudio Schapochnik

Puma Air conquista resultados positivos na Abav 2010

A Puma Air Linhas Aéreas participou pela primeira vez da Abav 2010 - Feira das Américas, que aconteceu entre os dias 20 e 22 de outubro, no Riocentro. Durante o evento, a companhia aérea apresentou ao público os destinos que atende atualmente, São Paulo (Guarulhos), Macapá (AP) e Belém (PA), e os novos destinos que passará a atender, bem como o primeiro voo internacional da companhia, para Angola operado por um Boeing 767-300, previsto para janeiro de 2011.

A feira foi uma oportunidade para a Puma Air reforçar junto aos agentes de viagens os diferenciais da empresa, como por exemplo os horários de voos mais adequados às necessidades dos passageiros, maior espaço entre as poltronas e serviço de bordo de alta qualidade. Atualmente os serviços de solo, venda e check-in estão sendo realizados pela Gol Linhas Aéreas.

Segundo Gleison Gambogi, presidente da Puma Air, a resposta do trade foi positiva. “Fomos surpreendidos com o resultado colhido no evento em função da importância que ele representa para o segmento de turismo. Isso contribui em muito para o crescimento da empresa, já que o nosso produto tem sido bem aceito, por causa dos diferenciais que oferecemos no mercado”, disse Gambogi.

Fonte: Jornal de Turismo
Foto: Frederico Cavalgante

Carta Aberta dos Aeronautas às Autoridades Brasileiras

O Sindicato Nacional dos Aeronautas (SNA) e a Federação Nacional dos Trabalhadores em Aviação Civil (Fentac/CUT) são totalmente contrários à aprovação do Projeto de Lei 6.716/2009, que propões mudanças no artigo 158 do Código Brasileiro de Aeronáutica (CBA), ampliando da participação do capital estrangeiro nas empresas aéreas e permitindo a contratação de tripulantes estrangeiros por até cinco anos. Por isso estão divulgando um manifesto que será entregue no Congresso Nacional e que deverá ser assinado pelo maior número possível de aeronautas. A proposta foi aprovada em junho em uma comissão especial da Câmara dos Deputados e aguarda votação em Plenário. Depois, deve ir para o Senado. Clique aqui e assine este manifesto. Até o momento desta postagem 1126 assinaturas realizadas.

CARTA ABERTA DOS AERONAUTAS ÀS AUTORIDADES BRASILEIRAS


A Aviação Civil é um setor estratégico e sua força e capacidade de atendimento à população importam muito à autonomia e a soberania do nosso país.

O mercado de Aviação Civil emprega milhares de pessoas no Brasil e é muito influenciado pela legislação aeronáutica e pelas políticas do governo para o setor. Os trabalhadores da aviação dependem dessa consciência das autoridades para exercerem suas profissões com perspectivas de futuro.

É por isso que o Sindicato Nacional dos Aeronautas (SNA) e a Federação Nacional dos Trabalhadores em Aviação Civil (Fentac/CUT) vêm a público manifestar sua contrariedade à aprovação do Projeto de Lei 6.716/2009, que propõe mudanças no artigo 158 do Código Brasileiro de Aeronáutica (CBA), a fim de ampliar a participação do capital estrangeiro nas empresas aéreas e permitir a contratação de tripulantes estrangeiros por até cinco anos.

Hoje, a lei permite contratá-los por, no máximo, seis meses. O PL foi aprovado em junho em uma comissão especial da Câmara dos Deputados e aguarda votação em Plenário. Esse projeto, se aprovado, irá prejudicar os trabalhadores, precarizando as condições de trabalho e os salários no setor, apenas para atender os interesses de empresas que não querem investir na formação de novos profissionais para renovar e ampliar seus quadros.

Ele também representa uma contradição, pois vivemos um momento de auge do Setor Aéreo, com crescimento a passos largos, bem maior que o da economia nacional. Um momento extremamente propício para investimentos em qualificação profissional para os brasileiros e brasileiras interessados em atuar na aviação.

Atento à expansão do setor por conta da exploração do Pré-Sal, o Sindicato Nacional das Empresas de Táxi Aéreo (SNETA) vem defendendo a aprovação do PL no Congresso. Esse sindicato não esconde seu interesse em contratar pilotos estrangeiros, pagando melhores salários, se necessário, mas mantendo os atuais salários dos pilotos brasileiros. Essa intenção de praticar salários diferenciados para brasileiros e estrangeiros, de forma clara e direta, é um total desrespeito aos nossos trabalhadores e uma prática perversa cujos únicos objetivos são o achatamento dos salários no país e o não investimento na formação de novos profissionais.

Os aeroviários também têm perdido postos de trabalho no Brasil para estrangeiros, que estão atuando em plataformas de petróleo e no setor de manutenção de aeronaves. Na maioria dos casos, os sindicatos constatam que o objetivo das empresas com estas contratações tem sido evitar os custos de treinamento e achatar salários.

Entendemos que essa precarização das relações de trabalho através de uma concorrência desenfreada não traz benefícios para o setor e, ao almejar o lucro a qualquer custo, não é sustentável.

Antes de mudar a legislação para permitir maior tempo de contratação de pilotos de outras nações, deveríamos pensar em como fortalecer nosso mercado para não perder nossos profissionais para os países mais ricos. Hoje, mais de 500 pilotos brasileiros atuam em outras nações, devido a falta de oportunidades e a precarização do trabalho no Brasil. Todavia, mais de 500 novos pilotos brasileiros concluíram sua formação no primeiro semestre de 2010 e estão à disposição do mercado para atender a demanda do setor.

Por essas razões, o SNA e a Fentac/CUT pedem a atenção dos deputados e senadores brasileiros para que não aprovem o PL 6.716/2009 no Congresso.

As empresas do Setor Aéreo vêm, há muitos anos, pagando baixos salários e aproveitando ao máximo pilotos da Força Aérea, Exército e Marinha na reserva ou aposentados. Assim, elas têm remunerado a categoria de forma cada vez mais precária e agora querem abster-se da responsabilidade de promover a formação de mão-de-obra nacional. Além de investir pouco na formação de profissionais, as empresas têm pressionado os sindicatos de trabalhadores pela ampliação da jornada e vêm obrigando aeronautas e aeroviários a trabalharem além do limite de suas capacidades, colocando em risco as vidas dos passageiros, tripulantes e da população em terra.

Diante do crescimento do setor aéreo, sabemos que é necessário ampliar a formação de pilotos e outros profissionais, como mecânicos e engenheiros especializados em aviação civil. E para isso, defendemos políticas governamentais visando a criação de cursos gratuitos nas universidades públicas para a formação de profissionais para o setor aeroviário.

O SNA e a Fentac/CUT não abrem mão de defender os direitos dos trabalhadores.

Chega de entreguismo. Precisamos investir em nosso país, na aviação nacional, nos brasileiros(as). O Brasil precisa cumprir sua Política Nacional de Aviação Civil (PNAC) para dar conta do crescimento do setor de forma sustentável e qualificada. E assumir um compromisso com o seu povo pelo desenvolvimento.

Conclamamos os trabalhadores e as trabalhadoras da Aviação Civil a unirem-se nesta luta contra o descumprimento da Regulamentação Profissional dos Aeronautas e das Convenções Coletivas de Trabalho de aeronautas e aeroviários, por condições mais humanas e melhores salários.

Pedimos aos parlamentares e ao governo atenção e apoio a esta causa.

Sindicato Nacional dos Aeronautas

Federação Nacional dos Trabalhadores em Aviação Civil da CUT

Acidente da Gol: Justiça Militar condena 1 e absolve

A Justiça Militar condenou um e absolveu quatro controladores de tráfego aéreo acusados de contribuir com o acidente do Boeing 737 da Gol, que se chocou em 29 de setembro de 2006 com um jato Legacy fabricado pela Embraer, no espaço aéreo da Amazônia. A decisão foi tomada nesta terça-feira.

Apenas o militar Jomarcelo Fernandes dos Santos foi condenado a 1 ano e 2 meses de detenção pelo crime de homicídio culposo. Segundo o advogado Roberto Sobral, o acusado irá recorrer da decisão, em liberdade. Já o militar inativo João Batista da Silva e os militares da FAB Felipe Santos dos Reis, Lucivando Tibúrcio de Alencar e Leandro José Santos de Barros foram inocentados dos crimes de descumprimento de providências previstas em normas para segurança de voo.

Segundo Sobral, Jomarcelo não sabe inglês, e foi induzido a ocupar um cargo que exige um nível de proficiência elevado da língua. Essa será uma das linhas de defesa dele. A juíza Juíza Vera Lúcia da Silva Conceição foi a única em seu voto a absolver os cinco acusados, sob a argumentação de que para que haja condenação, deve haver a certeza de culpabilidade, o que "não ficou claro no processo". A promotora do caso, Ione de Souza Cruz, responsável por apresentar a denúncia ao Conselho Permanente de Justiça, disse não identificar crime na conduta dos acusados. "Não há como atribuir a esses homens a responsabilidade penal do que aconteceu", afirmou.

Acidente: O Boeing da Gol fazia o voo 1907 ia de Manaus (AM) para o Rio, com previsão de fazer uma escala em Brasília (DF). Ao sobrevoar a região norte do país, ele bateu no Legacy da empresa de táxi aéreo americana ExcelAire. Os destroços do Boeing caíram em uma mata fechada, a 200 km do município de Peixoto de Azevedo (MT). Mesmo avariado, o Legacy, que transportava sete pessoas, conseguiu pousar em segurança em uma base na serra do Cachimbo.

Fonte: Gazeto Digital

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Aviação Agrícola vislumbra novos horizontes

De acordo com o presidente do Sindicato Nacional das Empresas de Aviação Agrícola (Sindag), Júlio Kämpf, o crescimento do segmento nos últimos anos foi de 5% e está relacionado às oscilações do aumento da agricultura. “As expectativas são boas. Estamos iniciando nossos serviços em outras culturas, como citros, café e reflorestamento. O uso do avião no combate a incêndios também cresceu nos últimos anos e o Sindag trabalha para que a aviação agrícola também seja empregada no combate a vetores de doenças, como exemplo o mosquito da dengue”.

Contudo, a aviação também enfrenta alguns gargalos, entre os quais podemos destacar a dificuldade no recrutamento de pilotos, tanto agrícolas como comerciais e executivos. Segundo Kämpf, no caso da aviação agrícola, a crise está ligada a vários fatores. Com o fechamento de vários aeroclubes no Brasil, a formação de novos pilotos ficou prejudicada em função dos altos custos dos cursos específicos. Outra causa é a migração de profissionais para a aviação regular. “Este cenário de demanda criou uma escassez de piloto agrícola experiente no mercado”, afirma.

Para o pesquisador do Núcleo de Aviação e Tecnologia Agrícola do Paraná e piloto, Jeferson Luis Rezende, de maneira geral, a atividade está muito bem em termos de tecnologia aplicada e de qualidade nas operações. Já o setor aeroagrícola sofre com a falta de pesquisas de campo relacionadas com os gargalos do agronegócio, e que disseminem informações tecnológicas para os operadores e para os usuários dos serviços. “Há muita desinformação técnica junto aos agrônomos, que são os principais indicadores e preconizadores dos serviços aéreos, e também junto aos pilotos, que não contam com nenhum centro de reciclagem periódica no Brasil”, destaca.

A formação de pilotos agrícolas no Brasil está a cargo da iniciativa privada, através de cursos devidamente autorizados pela Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) e do Ministério da Agricultura (MAPA). O país conta com cerca de 1.400 pilotos agrícolas em atividade. Em média, 70 profissionais são formados anualmente em quatro escolas: Aeroagrícola Santos Dumont em Cachoeira do Sul/RS, Aeroclube de Carazinho/RS, EJ Escola de Aviação Civil em Itápolis/SP e Aeroclube de Ponta Grossa/PR.

No entanto, os gargalos existentes não superam a contribuição que o setor oferece, tanto para a área agrícola como no auxílio ao combate de incêndios. Em seus 63 anos de atividade em solo brasileiro, o setor evoluiu em tecnologia de aplicações, segurança e proteção de pilotos. Para o presidente do Sindag, Júlio Kämpf, as novas tecnologias de aplicação vêm trazendo um crescimento no uso do avião em relação aos equipamentos terrestres. “Precisamos agilizar as pesquisas que estão sendo desenvolvidas com a EMBRAPA. Seria necessária também uma legislação mais específica para a aviação agrícola, com pessoal capacitado atuando na fiscalização”, observa. O Sindag trabalha por uma maior conscientização das empresas e pilotos nas questões de segurança operacional.

A necessidade de investimento na área da pesquisa também é apontada por Rezende. “No quesito tecnologia de aplicação, o setor evoluiu, mas temos muito que evoluir ainda”, diz. Ele destaca a necessidade de mais trabalhos e experimentos técnicos realizados por instituições de pesquisas reconhecidas, como a Embrapa, Fundação ABC, FAPA e Universidades. Quanto à segurança e proteção aos pilotos, Rezende diz que o setor tem mantido certa regularidade e controle sobre o número de acidentes. “Isso tudo por conta dos próprios operadores, já que a ANAC pouco vê, ou sabe, de fato a respeito da realidade da aviação agrícola brasileira. Eu sempre brinco a respeito deste assunto, dizendo que somente as empresas que possuem bases próximas das cidades é que são acompanhadas e fiscalizadas pelas autoridades. Aquelas que estão mais no interior operam como acham que devem”, ressalta.

De acordo com Rezende, para melhorar a atividade, e consequentemente fomentar o seu progresso de maneira sustentada e organizada, é imprescindível criar alguns centros de ensino e pesquisas aeroagrícolas, vinculados às faculdades de agronomia, que teriam a missão de formar e reciclar periodicamente pilotos e pessoal de apoio (técnicos e agrônomos) e ainda, desenvolver novas tecnologias.

Fonte: Agrolink
Foto: Brent Beck, Andrei Bezmylov
Por: Janice Gutjahr

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

A380: erro ou certeza?

Parece que o A380 pode ser um fracasso. Afinal de contas, poucos aeroportos dos EUA pode operá-lo, por sua complexidade, adequação nos fingers e necessita de treinamento especial para pilotos. Seria demasiado cedo para dizer que é uma falha. Exemplo o 747 que começou devagar e tinha muitos problemas, mas se olharmos para ele agora. Ele está em produção por cerca de 40 anos.

Alguns aeroportos nos EUA que vão concluir em breve a construção para a adequação do A380 são EWR (Newark), LAX (Los Angeles), MIA (Miami), IAH (Houston) e DFW (Dallas). Já o aeroporto de ATL (Atlanta) afirmou que não irá fazer qualquer construção específica. para o A380 No entanto, eles ainda serão capazes de acomodar a aeronave, embora não seria tão eficiente. Os aeroportos nos EUA, utilizam atualmente apenas uma ponte de embarque para o 747-400, então em termos poderia o A380 operar com apenas uma ponte de embarque? Poderia até ser feito, porém não se pode esquecer da eficiência.


Não é apenas nos EUA que essas adequações estão sendo feitas. O Aeroporto Internacional de Guarulhos além dessa adequação nos fingers, as pistas serão alargadas para 75m. A principal razão para o alargamento das pistas é para que os propulsores do A380 não fiquem fora da pista. E, no previsto Terminal 3, já contarão com pontes de embarque com duplo check, que são exclusivas pro A380. Para que os passageiros entrem no avião já nos diferentes andares, aumentando a velocidade de embarque.

Segundo a Infraero, o aeroporto do Galeão e Guarulhos, estariam teoricamente credenciados para receber o A380. As pistas não apresentariam problemas para o pouso do gigante, de acordo com o consultor da Airbus.

Fonte: UOL, Meio Aéreo
Foto: Alastair T. Gardiner