sábado, 25 de dezembro de 2010

Anac quer acelerar formação de pilotos

A Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) quer introduzir no Brasil uma nova certificação que poderá acelerar e baratear a formação de pilotos para a aviação regular, substituindo o treinamento em voo por simulador. As novas regras para a Licença de Piloto de Tripulação Múltipla (MPL, da sigla em inglês) seguem critérios da OACI, órgão das Nações Unidas responsável por padrões de segurança na aviação. As regras integram proposta de modernização da regulamentação de certificação de pilotos que a Anac colocou em audiência pública, via internet, no mês passado. Contribuições podem ser feitas até sábado. A expectativa é que a medida entre em vigor até março.

"Isso vai ajudar a reduzir o gargalo na formação de pilotos", diz o superintendente de segurança operacional da Anac, David Faria Neto. A substituição do voo real por simulador divide opiniões. Os EUA não adotaram esse modelo, criado em 2006. Ao contrário. Após um acidente da Colgan Air em 2009, em que ficou comprovado erro dos pilotos, o Congresso começou a discutir a possibilidade de exigir mais horas de voo de formação.

Por outro lado, empresas reconhecidas pelo padrão de segurança, como Lufthansa e Emirates, contratam pilotos sem experiência e investem na sua formação. A MPL prevê um mínimo de 240 horas de experiência para copiloto, que podem ser cumpridas integralmente em simulador. O entendimento é que horas em um simulador idêntico ao avião que o piloto encontrará na vida real terão mais qualidade do que voos em aviões de pequeno porte de aeroclube.

Fonte: Folha de São Paulo
Por: Mariana Barbosa
Foto: Gonçalo Figueiredo

sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

Obra na pista do aeroporto de Rio Branco está no final

A primeira etapa das obras na pista principal do Aeroporto Internacional de Rio Branco – Plácido de Castro (AC) está em fase de conclusão, com término previsto para o próximo dia 31. Os serviços contemplam a reforma de um trecho de 600 metros da pista de pousos e decolagens, que conta com 2.158 metros de extensão. O trecho restante passará por melhorias em 2011. A informação é da Infraero.

A obra de recuperação do sistema de pátio e pista do aeroporto, orçada em R$ 28 milhões, está sendo realizada pelo 7º Batalhão de Engenharia e Construção (BEC), por meio de um convênio firmado entre Infraero e Exército Brasileiro. Cerca de 70 homens fazem parte da equipe de trabalho. Uma usina de asfalto, sete caminhões basculantes, entre outros maquinários auxiliam nos serviços. O aeroporto recebe, diariamente, uma média de seis operações de pousos e decolagens, e a movimentação não foi afetada por causa da execução dos serviços.

Fonte: Panrotas
Por: Claudio Schapochnik

quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

A história da Aero Boero S. A.

A fabricante argentina Aero Boero surgiu como Aero Talleres Boero (Oficinas Aero Boero, em português), fundada pela família Boero em maio de 1956, na cidade de Morteros, região noroeste da província de Córdoba, na Argentina, para realizar serviços de manutenção e reparos em diversas aeronaves, utilizadas principalmente na pulverização de lavouras.

Os irmãos César Hernesto e Héctor Boero acumularam muita experiência na reconstrução de algumas partes de aeronaves, sendo que alguns aviões necessitavam ser reconstruídos após acidentes, o que os levou a construir muitas fuselagens de tubos de aço soldados, além de asas e de realizar a pintura total de aviões. E foi após a realização desses serviços que os irmãos Boero resolveram partir para o desenvolvimento e fabricação de aeronaves próprias em 1958, com o amparo de uma nova legislação protecionista argentina.

César e Héctor Boero uniram-se a Celestino Barale para desenvolver um protótipo do futuro Aero Boero AB-95, o antecessor do Aero Boero AB-115, que voou pela primeira vez em 1959 e foi certificado em 1962, quando foi iniciada a produção em série. As primeiras entregas foram feitas um ano depois. Com o aumento da demanda, a fábrica foi ampliada e a empresa reorganizada em 1975, após ser capitalizada, e a antiga Aero Talleres Boero Sociedad de Responsabilidad Limitada se transforrnou em Aero Boero Sociedad Anónima, permanecendo o controle acionista com a família Boero.

Em 20 de outubro de 1978, a cidade de Morteros foi atingida por um ciclone, que destruiu o galpão da Aero Boero. Além disso, foram perdidos dez aviões, o protótipo quase finalizado do AB-260 e seus exemplares em construção. Os problemas não pararam por aí, pois a empresa deveria cumprir o prazo de entrega de diversas aeronaves, obrigando a empresa a construir imediatamente um novo local para produzir as aeronaves encomendadas, localizado na região sul de Morteros.

Ao mesmo tempo, foi reconstruído o galpão destruído e a fabricação foi retomada de forma precária, e a fábrica foi sendo transferida aos poucos para a nova unidade fabril, inaugurada oficialmente em outubro de 1981. O novo galpão tinha 2.000 metros quadrados e recebia onze seções: Usinagem, solda, asa, entelagem, plásticos, pintura, jateamento, montagem, motores, manutenção e armazenagem. Também foi construído um banco de provas de motores em 1983, quando a empresa contava com 30 funcionários. Em 1987, praticamente toda a produção era absorvida pelo mercado interno argentino.

Os clientes principais eram aeroclubes e clubes de planadores, que recebiam subvenções estatais, além de empresas de pulverização agrícola, por ter baixo custo operacional, mas, no mesmo ano, a economia argentina entrou em crise, com altos índices de inflação, praticamente inviabilizando as vendas no mercado interno. Ao mesmo tempo, o custo com mão-de-obra caiu e a empresa iniciou uma campanha agressiva para alavancar as vendas no exterior, o que levou o Brasil a comprar os seus aviões. Para cumprir os prazos de entrega dos aviões encomendados pelo governo brasileiro, foi construída uma nova unidade fabril na cidade de San Francisco, onde eram produzidos diversos componentes estruturais, e foi contratada uma rede de empresas terceirizadas, além de diversos novos funcionários.

Em 1989, foi acertada a venda de 108 AB-115 Trainer para o Peru, sendo um primeiro lote de 24 unidades e mais três lotes anuais de 28 aeronaves, cada um. O contrato foi logo rompido pelo governo peruano, que não tinha como pagar os aviões, pois o país andino havia acabado de mergulhar em uma crise financeira. Contratos com Argélia e Paquistão fizeram a Aero Boero subcontratar empresas de países da ex-União Soviética para fabricação de células, pois a mão-de-obra desses países era mais barata do que na Argentina.

Os negócios com o Brasil começaram a se tornar inviáveis e, logo depois, houve o cancelamento da entrega de 84 aeronaves, pois o governo brasileiro não tinha como pagar a empresa argentina, pois vivia uma grave crise econômica desde 1993. A hiperinflação argentina deu origem a lei de conversibilidade, que transformou a Argentina em um país caro, com o agravante da eliminação total de subsídios e subvenções estatais e, em pouco tempo, a Aero Boero deixou de ser uma empresa exportadora para se tornar uma companhia sem trabalho.

Em 1991, a Aero Boero resolveu fazer um estudo e mercado para iniciar a produção de uma aeronave de maior valor agregado. A empresa comprou um monomotor Grob G-115 para tentar fabricá-lo sob licença do fabricante alemão. A Aero Boero teve muitas dificuldades para homologar e certificar o modelo e abandonou o projeto em 1993. O avião voltou para a Alemanha em janeiro de 1994. No final da década de 1990, a Aero Boero fazia apenas alguns serviços de reconstrução de aeronaves, além de vender alguns componentes para reposição. Em 2000 seriam homologados os modelos AB-115 Trainer e AB-180RVR na Europa, que deveriam ser fabricados sob licença, mas isso nunca aconteceu.

Ao contrário do que muitas pessoas pensam, a Aero Boero continua existindo, porém, de forma inativa, apenas vendendo peças para manter seus aviões operacionais e tentando voltar a fabricar aeronaves.

Fonte: Aviação Paulista
Por: Valdemar Júnior
Foto: Robert Domandl, Gabriel Luque

quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Embraer deve faturar US$ 5,25 bilhões este ano

A Empresa Brasileira de Aeronáutica (Embraer) vai encerrar 2010 com uma receita de cerca de US$ 5,25 bilhões, resultado inferior ao do ano passado, mas acima da expectativa da empresa. O número foi anunciado hoje (14) pelo presidente da Embraer, Frederico Curado.“O mercado internacional continua ainda com dificuldade. Então, a receita está um pouco menor. Mas o importante é que os resultados abaixo da receita, a produtividade, a rentabilidade e a geração de caixa, veem se preservando mesmo nos anos de dificuldade”, disse. Segundo Curado, 2011 deve apresentar um pequeno crescimento em comparação a este ano, embora tenha preferido não citar números.Para 2011, a Embraer aposta na criação de uma nova unidade, voltada para a área de defesa e segurança.

O Brasil hoje tem visão de longo prazo na área de defesa. A Estratégia Nacional de Defesa estabelece claramente o fortalecimento da indústria. Todos os países que têm uma indústria desenvolvida, como a Itália, Alemanha, França e Inglaterra, têm uma empresa forte por trás”, explicou.Segundo Curado, a empresa pretende entrar nessa área não somente produzindo aviões, mas também no controle de voos, por exemplo. “As forças tecnológicas que a empresa dispõe hoje podem, com facilidade, migrar para outras aplicações que não especificamente avião”, disse.

De acordo com Luíz Carlos Aguiar, que será o presidente da Embraer Defesa e Segurança, a nova unidade deve começar a funcionar em janeiro, com previsão de faturamento de R$ 1,5 bilhão. Segundo ele, além da fabricação de aviões, a nova unidade também pode atuar no sistema de proteção de fronteiras do país, por exemplo. “Acho que a Embraer tem capacidade de gestão e de tecnologia para que consigamos fazer isso”.

Fonte: JB Online

terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Infraero e Prefeitura de Joinville assinam acordo para ampliação de aeroporto

A Infraero e a Prefeitura Municipal de Joinville assinam hoje, terça-feira, um Acordo de Cooperação com o objetivo de ampliar a área do Aeroporto de Joinville/Lauro Carneiro Loyola. A ampliação será necessária para o aumento do tamanho da Pista de Pouso e Decolagem, além da construção de novo Pátio de aeronaves, Terminal de Cargas e prédio da Seção Contra-Incêndio (SCI), dentre outras melhorias.

O documento, que será assinado pelo presidente da Infraero, Murilo Marques Barboza, e pelo prefeito Carlito Merss, prevê um investimento conjunto de R$ 48,5 milhões. Desse total, R$ 28,6 milhões serão aplicados pela Infraero no pagamento de indenizações das desapropriações de áreas, retificação do Rio Cubatão, licenças ambientais e projetos básicos e executivos das obras e serviços. Com o Acordo, a área passará de 818,2 mil m² para 2,06 milhões de m², ou seja, quase 150% de acréscimo do atual sítio aeroportuário.

A expansão permitirá que a pista do aeroporto passe dos atuais 1.640 metros para 1.700 metros, além de contar com mais 300 metros de área de escape na cabeceira 15, e 150 metros na cabeceira 33. Este empreendimento já está em fase de elaboração do Estudo Ambiental Simplificado, com conclusão prevista para fevereiro de 2011. Além dessas obras, o aeroporto ainda receberá a construção de um Pátio de aeronaves de 11,7 mil m², com um novo sistema de pistas de taxiamento. Vale destacar que os projetos relativos à Pista de Pouso e Decolagem, Pátio de aeronaves e novas pistas de taxiamento constam do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).

Entre os compromissos da Infraero previstos no Acordo para viabilizar os investimentos estão a revisão do Plano Diretor do Aeroporto, o repasse de recursos para as obras no Rio Cubatão, e a contratação de estudos para a realização das obras a serem licitadas pela empresa (este último já iniciado e com conclusão prevista para abril de 2011). Quanto à Prefeitura, o acordo prevê que ela invista R$ 19,9 milhões e se responsabilize pela avaliação e cadastro dos imóveis a serem desapropriados, bem como a proposição de ações judiciais e a transferência desses bens para o patrimônio da União.

No Acordo de Cooperação entre a Infraero e a Prefeitura de Joinville também consta a construção de novas instalações para o Terminal de Cargas e prédio da Seção Contra-Incêndio. Essas duas obras, no entanto, dependem da ampliação do aeroporto para serem projetadas. Ao todo, os dois empreendimentos estão orçados em R$ 15,5 milhões. Tais projetos estão sendo finalizados.

Fonte: Jornal de Turismo
Foto: Skp

segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Airbus deixará de cumprir meta de entrega do A380 para 2010

Testes de motor da maior companhia aérea do mundo após o pouso de emergência de um avião da Qantas mês passado arruinaram as chances da Airbus conseguir entregar 20 superjumbos modelo A380 ainda este ano, conforme esperava. Um porta-voz afirmou nesta quarta-feira que a Airbus irá entregar apenas mais um avião novo, além dos 18 que já foram fabricados, até o final do mês, e não dois.

O não cumprimento da meta resulta do tempo levado para checar os motores Trent 900 da Rolls-Royce, semelhantes ao que explodiu em 4 de novembro, forçando o A380 da Qantas a voltar para Cingapura com uma asa perfurada. Engenheiros trocaram um dos motores da Rolls-Royce semana passada em outro avião da Qantas, ainda não entregue, após uma inspeção de cano de óleo, uma vez que reguladores ligaram o acidente a um problema no cano. Originalmente, o avião deveria deixar a fábrica, em Toulouse, até quinta-feira.

Fonte: Globo Online
Por: Tim Hepher
Foto: Anthony Guerra

domingo, 19 de dezembro de 2010

VarigLog acerta dívidas trabalhistas e começa a ganhar fôlego

Após um período de turbulência a VarigLog volta a ganhar força no mercado. A recuperação das finanças da empresa acabou permitindo que a companhia protagonizasse um caso raro entre empresas em recuperação judicial: a quitação de seu passivo trabalhista nove meses antes do prazo limite de um ano imposto pela Lei de Recuperação Judicial.

Em julho, a VariLog colocou cerca de R$ 4 milhões à disposição do juízo responsável para o pagamento da dívida com os ex-funcionários e os pagamentos começaram a ser realizados a partir de novembro. Além disso, neste ano, a empresa voltou a pagar em dia todos os seus funcionários, incluindo o 13º salário, cuja primeira parcela já foi quitada em outubro e a segunda no início de dezembro.

Com muito sacrifício, começamos a buscar o equilíbrio econômico das contas internas visando honrar, tanto o pagamento do passivo como o compromisso com nossos funcionários. Estes são pontos fundamentais que mostram que a empresa está no rumo certo”, afirma Lup Ohira, CEO da VarigLog. De acordo com ela, no próximo ano, com a chegada de novas aeronaves, a VarigLog deverá avançar ainda mais no seu processo de recuperação. “Temos voltado a ganhar confiança do mercado e nossas operações têm sido lucrativas. Podemos afirmar, sem medo de errar, que estamos caminhando para uma recuperação completa”, destacou. A empresa, espera colocar em operação brevemente, os Boeing 737-400 Cargueiros, os primeiros deste modelo a operar carga em nosso país.

Fonte:
Aviação Brasil
Foto: StarLiner

sábado, 18 de dezembro de 2010

Airbus e Tam ajudam a criar combustível renovável para jatos no Brasil

Após a indústria de aviação ter estabelecido o ano de 2020 para chegar a neutralizar o aumento do carbono, a Airbus e a Tam Airlines estão ajudando um grupo de empresas a criar uma unidade de processamento de combustível renovável para jatos no Brasil, com o objetivo de substituir gradualmente o combustível usado atualmente por um que seja renovável. Um passo importante foi dado em 22 de novembro, quando a Tam Airlines, em parceria com a Airbus, realizou o primeiro voo na América Latina utilizando biocombustível baseado na jatropha, em um A320.

O grupo de empresas é liderado pela Curcas, especializada no desenvolvimento de projetos brasileiros de energia renovável, e a Ecodiesel, produtora do biocombustível no país. Paralelamente, a Airbus e a AirBP – a unidade distribuidora de combustível para jatos da BP – estão fornecendo o seu apoio ao projeto.

"A Airbus está reunindo fazendeiros, refinarias de petróleo e companhias aéreas para liderar a comercialização da produção sustentável de biocombustível no Brasil e no mundo", disse Paul Nash, Diretor de Novas Energias da Airbus. "Além de analisar a adequação do potencial dos biocombustíveis para a aviação, a Airbus está apoiando análises de ciclo de vida e sustentabilidade, a fim de garantir que quaisquer soluções para a redução das emissões de CO2 tenham um impacto social positivo e não concorram com recursos locais, como terra, alimentos ou água", acrescentou o executivo.

Fonte: Mercado & Eventos
Foto: Lorenzo Costa

sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Prefeitura de São Paulo pretende fechar sete helipontos na cidade

Sete helipontos instalados a menos de 300 metros de hospitais, escolas e faculdades serão fechados pela Prefeitura de São Paulo por causa do barulho que causam. Entre os pontos de pouso e decolagem reprovados pela Secretaria do Verde e Meio Ambiente estão os do Banco Santander (em Santo Amaro) e do hotel Renaissance, nos Jardins. O primeiro, segundo a prefeitura, afetava as atividades de três escolas e de uma faculdade. O segundo, do tradicional Colégio São Luís e de outra faculdade.

Os cincos outros helipontos estão no bairro do Morumbi (condomínio América Business Park), no Itaim (heliponto Torre 2000), na avenida Ibirapuera (edifício Edel Trade Center), na avenida Paulista (Brazilian Financial Center) e no Jabaquara (Centro Empresarial do Aço). Segundo a prefeitura, o prazo para o fechamento é de 90 dias. As empresas proprietárias dos helipontos dizem que não foram comunicadas oficialmente. No total, a cidade tem ao menos 215 helipontos registrados na Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) - os dados são de 2009.

"A atividade do helicóptero é lá no alto. Isso precisa ser levado em conta. Os relatórios mostram que o impacto sonoro está dentro das normas", diz o engenheiro ambiental e aeroportuário Carlos Freire, responsável pelos laudos apresentados por Santander, Torre 2000 e Brazilian Financial Center. "A redação do decreto-lei é que está mal feita. Cabe contestação ainda", afirma.

Fonte: Flight Market

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Puma Air anuncia charter entre Recife e Angola

A Puma Air Linhas Aéreas será a primeira empresa brasileira, depois de 15 anos, a pousar no Aeroporto Internacional 4 de Fevereiro, em Luanda. A empresa realiza amanhã, o primeiro voo charter da companhia partindo de Luanda, capital de Angola. A saída está prevista para às 17h (hora local), com previsão de chegada às 19h50 (hora local), em Recife. A viagem será realizada a bordo do Boeing 767-300. A aeronave tem espaço para 218 passageiros, sendo 188 lugares na classe econômica e 30 na classe executiva.

O segundo voo está marcado para o dia 7 de janeiro de 2011. O voo sai às 14h de Recife (hora local) com chegada prevista em Luanda às 3h55 (hora local) do dia seguinte (8). O voo marca a chegada da Puma Air Linhas Aéreas em terras africanas, dando prosseguimento a mais uma etapa de expansão da malha da empresa, que planeja voos regulares para Luanda, ainda no primeiro trimestre de 2011.

Para o presidente da Puma Air Linhas Aéreas, Gleison Gambogi, o grande número de brasileiros que atuam em Angola é um dos atrativos que levaram a empresa a operar no país.“Estima-se que aproximadamente 40 mil brasileiros vivam em Angola, atraídos pela grande oferta de empregos gerados pelas empresas que trabalham na reconstrução do país. Tenho certeza de que estamos iniciando mais uma fase vitoriosa na nossa empresa”, disse Gambogi.

Fonte: Jornal de Turismo
Foto: Lucas Coacci

Gulfstream G250, novo em todos os critérios

Com o sucesso do Gulfstream G200, fundamentado no conforto interno, na qualidade do acabamento e na excelência do pós venda, tanto clientes como a mídia especializada esperavam um pequeno upgrade. No entanto, a Gulfstream projetou uma aeronave totalmente nova, o Gulfstream G250, que aguarda apenas a certificação para iniciar as primeiras entregas no inicio de 2011. Um dos jatos mais cobiçados pelos executivos por sua autonomia de voo de quase 6.300 km e velocidade de mais de 1.000 km/h, depois de dois anos de espera pela máquina de US$ 24 milhões. Sua maior diferença em relação ao G200 são as asas.

Mas quem fizer o pedido agora poderá contar com muito mais conforto e entretenimento a bordo. Apresentada pelo fabricante, a nova versão do interior da aeronave – desenhada para comportar até nove passageiros - traz poltronas de 63 cm de largura – 10 cm a mais do que os assentos de primeira classe dos aviões comerciais -, e opção de ter um sofá de três lugares na cabine de 7,6 m de comprimento por 1,85 m de altura – medidas 35% maiores do que em outros jatos de porte equivalente, segundo o fabricante.

Para passar o tempo ainda mais rápido, o G250 possui tocador de CD, DVD e Blu-Ray, além de sintonizador de TV via satélite e servidor de internet próprio, com 256 gigabytes de capacidade para armazenar vídeos e músicas. Como os monitores individuais de cristal líquido são todos interligados por conexões de fibra óptica é possível ver vídeos em alta definição (HD) sem nenhuma perda de qualidade.

O dono do avião terá acesso a ainda mais recursos. Em sua poltrona, chamada de principal, há também um dock para recarregar as baterias de um telefone via satélite, de um iPhone ou iPod Touch - que, mediante a instalação de um aplicativo fornecido pela Gulfstream, poderá ser utilizado para controlar o sistema de entretenimento, ajustar a luz e a temperatura da cabine e até chamar a comissária de bordo, se houver uma a bordo.

O sistema de pressurização também merece destaque, pois trabalha com 100% de ar novo (os jatos comerciais reciclam o ar da cabine para economizar combustível). Isso assegura o bem estar dos passageiros mesmo quando o G250 está voando em sua altitude máxima de 45 mil pés. O banheiro, com direito a janela, e a cozinha com forno microondas, completam a seleção de amenidades a bordo.

Fonte: Portal iG, Blog do Luxo
Por: Amadeo Gattieri

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Foz do Iguaçu recebe primeiro voo da Webjet

A Webjet pousou no dia 10/12 pela primeira vez em Foz do Iguaçu. O avião modelo Boeing 737-300 prefixo PR-WJM, pousou às 8h7min, com lotação de 120 passageiros e cinco tripulantes a bordo. A aeronave que partiu de Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, foi recebida pelo tradicional batismo de voo com jatos d’água produzidos por dois carros da Infraero.

A aeronave foi recebida pelo secretário municipal de Turismo, Felipe Gonzalez; superintendente de Comunicação Social da Itaipu Binacional e presidente do Fundo Iguaçu, Gilmar Piolla; pela superintendente do Aeroporto Internacional das Cataratas, Maria do Perpétuo Socorro das Chagas Pinheiro, e pelo gerente do aeroporto, Ayrton Motta.

Para o secretário de turismo de Foz do Iguaçu, Felipe Gonzalez, com a vinda desse voo o destino tende a se fortalecer cada vez mais com a adesão de novas empresas. A Webjet vai operar com quatro voos diários saindo de Foz/Curitiba; Foz/Brasília; Foz/Belo Horizonte; e Foz/Porto Alegre.

Fonte: Mercado & Eventos

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Lufthansa confirma compra de 8 jatos Embraer 195

A Embraer anunciou nesta quinta-feira que a companhia aérea alemã Lufthansa confirmou a compra de 8 jatos 195, numa venda que a preço de tabela vale US$ 338 milhões. O conselho da Lufthansa havia aprovado no final de setembro a encomenda, que inclui também 48 aviões da Airbus. No caso dos jatos da Embraer, as entregas começam no primeiro semestre de 2012, informou a fabricante brasileira.

"Apoiada na recuperação da economia da Alemanha, a demanda da Lufthansa está crescendo fortemente este ano, sendo sustentada por uma importante retomada da rentabilidade", afirmou em comunicado o vice-presidente executivo da Embraer para aviação comercial, Paulo César de Souza e Silva. A Lufthansa havia feito anteriormente um pedido para 30 aeronaves modelos 190 e 195 da Embraer para sua frota regional, em junho de 2007, sendo que a maioria deles já está em serviço, afirma a companhia brasileira. No acumulado dos nove primeiros meses de 2010, a Embraer contabiliza entregas de 154 unidades. Em 2009 foram 153 entre janeiro e setembro.

Fonte: Portal UOL
Por: Alberto Alerigi Jr.
Foto: Dahup Buhambwe

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Balanço do PAC aponta problemas em obras de aeroportos no país

O atraso em obras do PAC, anunciado nesta semana passada em balanço do governo federal, ameaça um setor sensível para as festas de fim de ano e também para a Copa de 2014: os aeroportos. Uma das obras com problemas é a do aeroporto de Brasília. A construção de um novo terminal de passageiros deve ser concluída só em abril de 2013, poucos dias antes do início da Copa das Confederações. Nos aeroportos de Vitória e Macapá, a situação é pior devido a supostas irregularidades, sob questionamento judicial. A situação dos aeroportos só não é mais preocupante, segundo o levantamento do governo, porque obras importantes em aeroportos de São Paulo, Rio de Janeiro, Salvador, Boa Vista e Fortaleza já foram concluídas.

No Rio Grande do Sul, a Infraero informa que as duas obras em andamento que tem recursos PAC estão dentro do cronograma estabelecido pelo convênio. São elas: a ampliação da pista do Aeroporto Internacional Salgado Filho e o novo terminal de cargas do aeroporto. A previsão de conclusão destas obras é 2012.

O secretário extraordinário da Copa em Porto Alegre, Ricardo Gothe, diz que já na metade do próximo ano o aeroporto terá o déficit no atendimento de passageiros zerado. Segundo ele, com o fim da reforma no antigo terminal, o Salgado Filho terá capacidade de atender mais um milhão e meio de passageiros.

Fonte: Zero Hora
Foto: Rafael Nunes

domingo, 12 de dezembro de 2010

Infraero investirá R$10 milhões no Terminal de Cargas de Manaus

A Infraero assinou no dia 7 de dezembro, a contratação de empresa especializada para modernização do sistema de transelevadores do Terminal de Logística de Carga do Aeroporto Internacional de Manaus/Eduardo Gomes (AM). O investimento, no valor de R$ 10 milhões, vai melhorar a performance dos transelevadores, agilizando o processamento de cargas no aeroporto.

A instalação do sistema de gerenciamento dos transelevadores tem prazo de conclusão de 12 meses, a contar da assinatura da Ordem de Serviço, prevista ainda para este mês. O novo sistema também permitirá integração com o programa de movimentação de cargas da Infraero, o Tecaplus.

Fonte: Mercado & Eventos

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Reims F406 Caravan II, um raro bimotor

O Reims-Cessna Caravan F406 II é um turboélice fabricados e desenhados por Reims Aviation em cooperação com o Cessna. O F406 Caravan II é um turboélice bimotor, monoplano de asa baixa quatorze assentos de alumínio convencional. A aeronave voou pela primeira vez em 22 de setembro de 1983.

O F406 é destinado a transporte de passageiros e cargas de pequeno porte, e serviço de vigilância de civis e militares. Embora os dois motores de torná-lo mais caro para operar do que as aeronaves semelhantes, como o monomotor Cessna 208 Caravan I , com dois motores a faz cumprir com os regulamentos europeus sobre as operações comerciais, que só permitem que as aeronaves multi-motor para voo por instrumentos comerciais.

Cerca de 83 aeronaves estão operando atualmente no mundo inteiro. O F406 está disponível como um transporte de passageiros ou transporte de cargas, com uma carga nominal máxima de 2,200 kg. Mais de metade vendidas em todo o mundo, no entanto, são utilizados para missões como vigilância marítima, monitorização da poluição, missões de salvamento, cartografia.

As principais características do F406 são tais como visibilidade de 360 º, baixo peso vazio, uma ampla gama de velocidades de operação. Dependendo da missão, a tripulação pode variar entre um ou dois pilotos, um operador e / ou de um observador. Ele usa basicamente a mesma fuselagem como o Cessna 404 Titan, as asas e o nariz do Cessna Conquest I. O F406 Caravan II possui uma cabine espaçosa e confortável. A cabine é 5.71m de comprimento. A largura e altura da cabine e são 1.42m, 1.31m, respectivamente.

O F406 é equipado com dois motores Pratt & Whitney Canada PT6A-112 (500shp), inicialmente desenhado pelo Cessna. O grupo motopropulsor é tripá, de passo reversível. Em termos de desempenho, isso se traduz em uma velocidade máxima de cruzeiro de 246kt em 15.000 pés, um teto certificado de 30.000 pés e um alcance de 1.200 milhas náuticas. Além disso, a taxa de subida é de 1.850 pés por minuto. A aeronave tem uma autonomia de mais de seis horas, embora este possa ser prorrogado se necessário por outra hora com montagem tanques de combustível extra no naceles de motores. No Brasil, a apenas uma aeronave deste modelo, operando a serviço da Fugro.



Fonte: Aerospace Technology

Foto: Skp, Matthew Borg Cardona, Andy Walker

quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

Anac assina acordo de “céus abertos” com Estados Unidos


A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) negociou com o Departamento de Transporte Americano um acordo de “céus abertos”, que foi assinado pelos governos do Brasil e Estados Unidos. O acordo irá permitir a liberação total das operações aéreas entre os países a partir de outubro de 2015, sem que haja restrições no número de voos semanais entre os países. O documento estabelece também, imediatamente, um regime de preços livres. Brasil e América Latina são regiões cobiçadas e passaram a ser grandes alternativas para estas empresas internacionais devido à crise enfrentada nos Estados Unidos e Europa. A abertura do mercado aéreo brasileiro permitirá aumentar novas frequências nas rotas entre os países de forma progressiva a partir de 2011 e cria oportunidades de negócios para empresas dos dois países no fretamento de voos de passageiros.

Atualmente, é permitido um teto de 154 voos semanais operados por empresas brasileiras, e 154 por empresas americanas. Esse número é definido por meio de um acordo bilateral entre os dois países. A partir do ano que vem, será permitido um acréscimo de 28 voos semanais para empresas brasileiras – 14 com destino ao Rio de Janeiro e mais 14 para outra cidade brasileira (menos São Paulo, vetado pela Anac por falta de infraestrutura) – e o mesmo número para as americanas. Esse acordo realizado pela Anac mostra, mais uma vez, o desrespeito com os trabalhadores brasileiros, usuários e empresários do setor e demais segmentos da aviação. O SNA está constantemente apontando os riscos das iniciativas da direção da Anac e há algum tempo vem denunciando a Agência por descumprir a Política Nacional de Aviação Civil (PNAC), assinada pelo presidente da República em fevereiro de 2009.

Recentemente, o SNA e o Snea enfrentaram, inclusive junto ao Judiciário, até as últimas consequências, a forma de discussão e o prazo de implantação da política de liberdade tarifária para os Estados Unidos e Europa. Mas a Anac engana, faz discurso junto à imprensa e aos usuários e demais membros do Conselho Nacional de Aviação Civil (Conac) ao afirmar que somente com a liberdade tarifária os preços das passagens seriam reduzidos, dando mais opções aos usuários.

As perguntas que ficam: as empresas brasileiras conseguirão concorrer com as gigantes americanas ou européias nas atuais condições impostas? As empresas brasileiras sobreviverão? Os empregos na aviação de aeroviários e, principalmente, dos aeronautas, estarão garantidos? As passagens aéreas terão para sempre seus preços reduzidos? Qual a opção para os usuários quando uma empresa deixar, por qualquer motivo, de operar linhas para o Brasil? Essas são apenas algumas das perguntas ainda sem resposta pela Anac.Todas essas situações deveriam ter sido discutidas e/ou analisadas em conjunto com o Conac, com o conselho consultivo da Anac e o Congresso Nacional a fim de preservar os interesses brasileiros de soberania, estratégia da aviação brasileira e seus respectivos interesses e, principalmente, os empregos dos brasileiros. É importante observarmos também que tudo isso está ocorrendo no final de mandato da presidente da Anac. Enfim, todas essas ações da Anac são precipitadas.

Por outro lado, as mesmas empresas brasileiras que se sentem prejudicadas nos acordos com Estados Unidos e Europa, há menos de 30 dias, em encontro chamado CLAC – no qual, inclusive, o Brasil foi indicado para assumir a vice presidência da Comissão Latino Americana de Aviação Civil (Clac) – defenderam e apoiaram a abertura de céus para a América Latina. Na ocasião, vários países como Venezuela, Argentina e Cuba foram contra a proposta do Brasil.

As empresas brasileiras estão jogando em vários campos diante das grandes transformações do setor. Não podemos nos iludir e precisamos estar preparados. Caso contrário, teriam ocupado todos os espaços deixados pela Varig, Vasp e Transbrasil no mercado internacional, o que nos leva a concluir que os atuais empresários estão unicamente preocupados com o negócio e o resultado financeiro. Apesar da possibilidade de criação de uma secretaria especial, ligada à presidência da República, para cuidar da infraestrutura dos aeroportos e da aviação civil, esperamos que o assunto passe a ser tratado com mais cuidado e perseverança, para evitar um mal maior, além de criar regras no sentido da preservação dos empregos brasileiros.

A continuidade dos acordos bilaterais de políticas de céus abertos com o países da América do Sul foi aprovada na segunda-feira (06/12) pelo Conac. O fim do acordo bilateral com os Estados Unidos é previsto para 2015, o do Mercado Comum Europeu está em véspera de ser assinado, o da América Latina depende das decisões de alguns países. Algo precisa ser feito! Só depende das discussões, vontade e mobilizações dos aeronautas e aeroviários.

Fonte: SNA
Foto: Frederico Cavalcante, Allan Martins Antunes

Webjet planeja frota maior e novos destinos

A Webjet pretende atingir no início de 2011 a marca dos 10 milhões de passageiros transportados desde sua criação, em 2005. Também para o próximo ano, a companhia aérea anuncia planos de ampliar sua frota e oferecer novos destinos. "Em 2011 certamente teremos incorporado à frota mais do que as três aeronaves Boeing 737-300 de 2010 e também teremos um número maior do que os três novos destinos anunciados este ano", disse Fábio Godinho, presidente da companhia, durante evento em Ribeirão Preto (SP). A cidade, a partir da próxima sexta-feira, terá 11 voos diretos e três com conexões da Webjet.

Só em 2010 a companhia deve transportar 5 milhões de passageiros, 92% a mais que os 2,6 milhões de 2009. "Deveremos atingir a marca histórica de 10 milhões logo no início de 2011 e pretendemos crescer o número de passageiros transportados acima do aumento do mercado de aviação no Brasil no próximo ano", afirmou Godinho. A companhia relata que sua taxa de ocupação anual média é entre 77% e 78%, e que o porcentual costuma subir para 80% nos meses de dezembro e janeiro.

Com o início da operação em Ribeirão Preto, Foz do Iguaçu (PR) e Navegantes (SC), todas anunciadas recentemente, a empresa chega a 150 voos diários, em 23 aeronaves com capacidade para 148 passageiros cada. Godinho negou que haja qualquer intenção de a Webjet, no curto prazo, buscar novos modelos de aeronave para sua frota e garantiu que a companhia aérea pretende ampliá-la por meio de incorporações dos 737-300. "É o que tem a melhor configuração à nossa política de preços baixos e de rotas curtas, em média de 750 quilômetros cada", disse. O executivo negou ainda a possibilidade de parcerias com outras companhias aéreas, como, por exemplo, faz a Passaredo, que opera rotas da TAM.

O presidente da Webjet enfatizou que o objetivo da companhia é baratear cada vez mais os preços das passagens aéreas. Em Ribeirão Preto, a Webjet tem voos a partir de R$ 9, preço limitado a até nove assentos por aeronave e garante que o valor médio das passagens é 60% mais barato que o da concorrência. Apesar da estratégia agressiva, Godinho garantiu que a política da companhia não visa aumentar o market share, em torno de 5,5% do mercado nacional. "Nossa política privilegia mais a rentabilidade aos acionistas."

Fonte: O Estado de S.Paulo
Por:
Gustavo Porto
Foto: Francisco L. Borghi Nascimento, BravoAlpha

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Parceria com agência permite renovação da frota de aviões agrícolas no RS

A PBA Aviation Ltda., representante Neiva/Embraer, firmou neste ano parceria com a Agência de Fomento CaixaRS, através da qual diversas aeronaves foram financiadas nos últimos meses. Dentre as empresas beneficiadas pela parceria estão: Arenhart Aviação Agrícola Ltda, Plá & Silva Aviação Agrícola Ltda, Itapororó Aviação Agrícola Ltda e Aero Agrícola Santos Dumont Ltda. A CaixaRS tem participado do desenvolvimento do agronegócio no Rio Grande do Sul. “Graças à agência as mais de 150 empresas e operadores de aviação agrícola, assim como agricultores estão podendo modernizar suas frotas de aeronaves agrícolas com os mais novos equipamentos de aplicação aéreas hoje existentes no mercado brasileiro, o Ipanemão em suas versões a álcool e a gasolina”, afirmou Pelópidas Bernardi, diretor comercial da PBA.

As aeronaves, totalmente financiadas pela CaixaRS nas linhas Finame (Financiamento de máquinas e equipamentos) são repassadas às empresas a juros mais baixos, para pagamento em até 10 anos. Por causa da ação da CaixaRS, destacou Bernardi, as aeronaves da frota gaúcha, algumas com mais de 40 anos, estão sendo renovadas. “Os novos aviões proporcionam mais conforto aos pilotos, pois possuem ar condicionado e segurança total. Além disso, utilizam combustível ecológico, que não polui, agregando valor aos produtos agrícolas e otimizando o agronegócio”.

A CaixaRS é uma empresa do Governo do RS que tem como eixos de atuação investir no desenvolvimento do Estado, através da modernização de setores tradicionais, da dinamização de economias regionais e do incentivo a novos negócios. Por ser uma Agência de Fomento, a empresa é comprometida com a oferta de crédito de longo prazo, a fim de incentivar o desenvolvimento sustentável, o progresso tecnológico, a inovação e a cooperação internacional.

Fonte: Agrolink

Foto: Mike Head

sábado, 4 de dezembro de 2010

Airbus atualizará motor do A320 a partir de 2016

A Airbus irá atualizar seu modelo de avião de passageiros mais vendido, o A320, a partir de 2016 com novos motores que podem resultar em 15 por cento de economia de combustível, buscando se distanciar dos concorrentes. A companhia anunciou nesta quarta-feira que irá investir mais de 1,3 bilhão de dólares no projeto "A320neo" para aperfeiçoar a eficiência da aeronave e reduzir emissões e ruídos nocivos.

Até o momento, a Airbus e a rival norte-americana Boeing, com seu 737, resistiram em alterar os modelos que representam a espinha dorsal da indústria da aviação mundial, o que ajudou a fortalecer companhias de baixo custo. Segundo a Airbus, as novas aeronaves serão praticamente idênticas às já existentes, mas contarão com motores maiores e mais eficientes em relação aos modelos do grupo norte-americano Pratt & Whitney ou da CFM International, joint-venture da General Electric com o grupo francês Safran.

A aguardada decisão, foi uma resposta à canadense Bombardier, à China e à Rússia, que buscam desafiar a Airbus e a Boeing no mercado global de jatos, avaliado em 1,7 trilhão de dólares em mais de 20 anos.

Fonte: Globo Online
Por: Tim Hepher
Foto: Rodrigo Carvalho

sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Brasil tenta obter autorização para acompanhar a região da fronteira com o Paraguai

O governo brasileiro está solicitando autorização para monitorar a partir do espaço Paraguai, a região da tríplice fronteira, como resulta do que foi publicado pelo jornal O Globo esta semana. O relatório fala para o país vizinho está em negociações com o Paraguai, Uruguai, Bolívia e Colômbia, para usar seus aviões novo espião no espaço aéreo internacional. Um dos aviões não tripulados (UAV) está nas instalações do aeródromo de São Miguel do Iguaçu, cidade brasileira a 70 quilômetros de Ciudad del Este, no Paraguai, uma cidade situada na zona de influência do Lago de Itaipu.

Segundo a imprensa brasileira, os governos do Uruguai, Paraguai e Bolívia concordaram em discutir os termos de um futuro acordo e até percebe que a questão já teria sido tratada, inclusive com os presidentes Fernando Lugo e José Mujica. No mês passado, Luis Paulo Barreto, Ministro da Justiça, visitou Lugo em Assunção. Para permitir os voos do Vant, possam ir além da fronteira brasileira, para mapear as áreas de produção e circulação de drogas, depende dos dados recolhidos e o compartilhamenos com os governos, de modo a partilhar os benefícios da aeronave e, portanto, otimizar a luta contra o tráfico de drogas.

No entanto, as negociações para que isso aconteça, não será fácil, pois estas são questões que dizem respeito à soberania e segurança nacional. Nos relatórios que o ministro do Interior, Rafael Filizzola, expressou seu desejo de ter uma tecnologia semelhante para suprimir a falta de recursos humanos na região de fronteira, uma incursão possível no espaço aéreo brasileiro será visto como uma interferência nos assuntos internos. Filizzola havia participado de um voo no ano passado, a convite do governo brasileiro, realizado em São Miguel de Iguaçu.

Este é um avião israelense, não tripulados e com tecnologia de ponta, chamado Vant. Os aviões destinados a reforçar a luta contra o tráfico de drogas, contrabando de armas e mercadorias originárias do Paraguai e Argentina, além de combate ao desmatamento Iguazu National Park (PNI) e áreas de influência. Conta câmeras equipadas com potentes lentes close-up e de visão noturna e é controlado remotamente a partir de bases em terra. O Vant tem mais de 10 metros de tamanho e escala para voar por 20 horas seguidas.


Fonte: Uhora
Foto: Mick Bajcar

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Embraer conta com BNDES para driblar falta de crédito

Com o mercado internacional de capitais ainda se recuperando lentamente da crise financeira, a Embraer espera contar novamente com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), em 2011, para driblar a escassez de linhas de financiamento a companhias aéreas que planejam comprar jatos.

A expectativa é que no próximo ano o porcentual de financiamento a jatos comerciais pelo banco fique pouco abaixo dos 55% registrados em 2010 (o equivalente a US$ 1,4 bilhão). O patamar é bastante superior aos 25% financiados desde 2004, quando a Embraer começou a vender seus E-Jets. "A crise ainda existe no mercado financeiro, nos bancos que financiam aeronaves, mas gradativamente (as linhas internacionais de financiamento) estão voltando", diz o vice-presidente executivo para o mercado de aviação comercial, Paulo César de Souza e Silva.

Apesar da recuperação gradual das linhas internacionais, a tendência é que os bancos de fomento reduzam sua participação nos financiamentos e as companhias aéreas recorram mais ao mercado, avalia Silva. "A tendência é que daqui para frente as ECAs (Export Credit Agencies) em geral, e não só o BNDES, possam reduzir a participação nos financiamentos, com o mercado passando a ter uma fatia um pouco maior, mais em linha com o que foi nos anos anteriores."

Segundo ele, são esperadas para dezembro mudanças nas regras de financiamento governamental de aeronaves, no âmbito da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OECD). "A mudança básica é que as taxas (de financiamento de bancos oficiais) serão reajustadas para um pouco mais próximo do que o mercado pratica. Isso vai fazer com que as empresas que venham a utilizar o financiamento oficial sejam as que realmente precisam porque não têm alternativas de mercado. Hoje, muitas empresas utilizam o financiamento oficial porque é mais barato."

Fonte: O Estado de S.Paulo
Por: Glauber Gonçalves

A força do Nordeste no setor aéreo

A infraestrutura aeroportuária tem sido alvo de severas críticas de vários segmentos da sociedade brasileira, repercutindo até em reportagens na mídia internacional. A maioria das críticas foca os eventos pontuais, como a Copa de 2014 e as Olimpíadas de 2016, uma visão de curto prazo que ignora fatores técnicos, já que a escolha do Brasil para sediar esses importantes eventos esportivos já é por si própria um pré-reconhecimento da seriedade, profissionalismo e capacidade técnica para administrar as inúmeras demandas advindas dessa sazonalidade. Desqualificar o produto nacional é um velho hábito que tem resistido na mente de muitos compatriotas que alimentam a idéia de que somos inferiores às demais nações do planeta.

Muitos criticam e poucos analisam ou pontuam com conhecimento o estágio atual da infraestrutura aeroportuária. É até possível que quando os olhares do mundo estiverem focados no Brasil, os arautos do caos sequer sejam lembrados e as previsões pessimistas sobre o sucesso dos eventos sequer voltem à pauta. É essa liberdade que queremos da democracia, melhor regime do mundo, mas do qual muitos se aproveitam para falar inconseqüências e obter seus 15 segundos de fama.

Entretanto, à medida que o tempo avança, vozes técnicas, embora ainda com menos decibéis, mas com clareza e intensidade crescentes, começam a ser ouvidas. O setor aéreo já pondera o que sempre esteve no cenário: a infraestrutura existente nos aeroportos ainda pode atender com qualidade e segurança a demanda de curto prazo, bastando para isso que haja uma revisão na distribuição da malha aérea, utilizando horários ociosos em quase todos os aeroportos brasileiros, principalmente os localizados na região Nordeste, responsável até o mês de outubro por quase 22,2 milhões de passageiros, ou seja, 17,32% dos 132,4 milhões de passageiros atendidos nos 67 aeroportos administrados pela Infraero. Salvador, Recife, Fortaleza, Natal e Maceió despontam como destinos preferidos, tanto para viajantes que buscam lazer, quanto os que aportam nas terras das águas mornas em busca de oportunidades de negócios.

Há muito trabalho e investimentos. A infraestrutura aeroportuária precisa e vai melhorar para atender e acompanhar o crescimento econômico do Brasil. Para o Nordeste, em seus principais aeroportos, existe um planejamento de investir mais de R$ 1 bilhão em obras de ampliação, aparelhamento, modernização e construção de novos terminais de passageiros, nos próximos cinco anos, muitas já contratadas e em execução. Projetos em diferentes fases estão em andamento e logo estarão prontos para serem licitados.

O Nordeste é uma região cheia de potencialidades e oportunidades de crescimento, cada vez mais reconhecida e em condições de receber mais voos, desafogando as rotas tradicionais para criar novas oportunidades de chegadas às capitais, já que atualmente a região vivencia uma concentração de voos, chegadas e partidas, predominantemente durante a madrugada, o que em algumas capitais dificulta o deslocamento até o destino final do passageiro.

Críticas serão sempre bem-vindas e são excelentes oportunidades para se conhecer o pensamento dos usuários dos serviços aeroportuários, além de balizadoras das melhorias que podem ser implementadas, mas sempre é bom considerar cada aeroporto como uma pequena cidade, onde muitos se esforçam e se completam na prestação de serviços ao público final. Identificar cada ator desse cenário, não é uma obrigação do usuário, mas um exercício de isenção e justiça na tentativa de responsabilizar o agente certo e aí sim, buscar cessar os efeitos indesejáveis, agindo na causa.

Fonte: Mercado & Eventos
Por: Fernando Nicácio da Cunha Filho
Foto: Lorenzo Costa

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Tam obtem junto a Anac autorização para retomar venda de passagens a partir de hoje

Em função da normalização dos voos a Tam objete junto a Anac autorização para retomar a partir de hoje, e não mais na sexta-feira, dia 03, como estava previsto a venda de passagens aéreas domésticas suspensas desde segunda feira.A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), após observar a normalização das operações da companhia aérea TAM, autorizou a empresa a retomar as vendas de bilhetes para voos domésticos a partir das 12h de hoje.

Os acréscimos de voos na malha da TAM continuam suspensos até que seja concluída a auditoria conduzida pela ANAC no centro de operações da empresa, em São Paulo.Nas últimas 24 horas, a companhia demonstrou ter regularizado suas operações. Atrasos e cancelamentos estão dentro da normalidade do sistema.

A suspensão das vendas nos voos da TAM evitou que os atrasos e cancelamentos da companhia prejudicassem mais passageiros, além daqueles que já haviam adquirido bilhetes. No entanto, algumas rotas, especialmente as de maior densidade, começaram a ter voos esgotados em horários de pico, diminuindo a oferta de assentos aos passageiros. Brasília-Congonhas-Brasília; Brasília-Santos Dumont-Brasília e Congonhas-Porto Alegre-Congonhas são exemplos de voos que estão com a oferta de assentos restrita. A normalização das operações da companhia, conjuntamente com a necessidade de aumento na oferta de assentos, levaram a ANAC a permitir a retomada da venda de passagens pela TAM.

Fonte: Mercado & Eventos
Foto: Matheus Brandão S. Maia

Tam confirma que operações já estão normalizadas

A Tam informa que retomou ao longo do dia de ontem os seus níveis habituais de pontualidade e regularidade e opera normalmente nesta terça-feira. A companhia informa que continuará empenhando seus esforços para manter altos níveis de pontualidade e regularidade em suas operações e informa que está preparada para atender à demanda da alta temporada.

"Conforme anunciamos no início da semana passada, a partir de amanhã, e até 31 de janeiro, colocaremos em prática um plano de contingência para que nossos clientes não passem por contratempos ou transtornos no período de fim de ano e férias", afirma Líbano Barroso, presidente da Tam. Entre as ações previstas e já apresentadas à Anac estão aeronaves extras, reforço nas equipes de tripulação e de atendimento nos aeroportos, além de distribuição de material informativo para os passageiros.

A companhia também permanece colaborando com a auditoria interna conduzida pela agência reguladora do setor. Segundo a companhia os atrasos e cancelamentos acima da média em vários voos domésticos para o período de domingo (28) a segunda-feira (29) foram decorrência de remanejamentos na malha aérea da companhia. O motivo segundo a empresa foram as fortes chuvas que atingiram a região Sudeste entre a noite de quinta-feira (25) e a madrugada de sexta-feira (26), interrompendo as operações nos aeroportos de Congonhas, Guarulhos e Viracopos (Campinas), Santos Dumont e Galeão (Rio de Janeiro).

Assim, parte significativa da tripulação da TAM foi deslocada para outros aeroportos, o que teve impacto na escala de trabalho para o último fim de semana e a segunda-feira. A companhia conta com um efetivo de tripulantes suficiente para suas operações – em média, são 840 voos diários. Hoje a empresa tem 8.350 tripulantes, entre comandantes, copilotos e comissários, e vem realizando contratações constantemente.

"Em dezembro começam a voar 40 novos comandantes, 60 copilotos e 130 comissários", assegura Líbano Barroso, acrescentando que a prioridade da companhia é operar em total segurança e com respeito à Lei do Aeronauta, com seus limites de jornada, horas mensais e folgas. "Pedimos desculpas aos clientes afetados pelas ocorrências dos últimos dias e agradecemos a compreensão de todos", conclui Barroso.

Fonte: Mercado & Eventos
Foto: BravoAlpha

terça-feira, 30 de novembro de 2010

Infraero define edital de obras em Confins

A Infraero participou no dia 26 de novembro, de uma audiência pública, realizada em Brasília (DF), para esclarecer dúvidas e coletar sugestões sobre o edital de licitação das obras de reforma e modernização do Terminal de Passageiros do Aeroporto Internacional de Confins, em Minas Gerais.

Participaram da audiência os superintendentes de Estudos e Projetos de Engenharia, Jonas Maurício Lopes, e de Obras, Ricardo Góis Ferreira. A audiência foi realizada em atendimento ao Art. 39 da Lei 8666/93, sobre licitações e contratos. O edital para licitação das obras no Aeroporto de Confins tem previsão de lançamento no final de 2010.

A Infraero vai investir cerca de R$ 400 milhões no Aeroporto Tancredo Neves, sendo que, desse total, aproximadamente R$ 280 milhões estão destinados à obra de reforma e modernização do Terminal de Passageiros. "Com esses investimentos, a Infraero vai adequar o aeroporto para atender, com conforto e segurança, à demanda projetada de passageiros", destacou Jonas Lopes.

Fonte: Mercado & Eventos
Foto: SkyLiner

domingo, 28 de novembro de 2010

Para o Brasil, infra-estrutura é a bola da vez

O Brasil pretende abordar o desafio crescente de infra-estrutura aeroportuária do mercado doméstico do país, que continua a se expandir rapidamente. A presidente da Anac, Solange Paiva, disse à ALTA 2010, que o governo brasileiro está "preocupado com a infra-estrutura e aeroportos" e "no primeiro trimestre do ano que vem precisamos fazer algum tipo de decisão".

Paiva diz que a recente concessão privada para a construção de um novo aeroporto em Natal, pode ser utilizado como o modelo vai para a frente para prosseguir com projetos dos outros aeroportos em todo o Brasil. Ela diz que o Brasil pretende abrir o setor aeroportuário para os novos investidores, para não haver monopólio ou abuso, aos operadores existentes e, e nenhum tipo de barreira para entrar no mercado. Paiva salientou o desafio atual infra-estrutura foi impulsionado pela desregulamentação do mercado brasileiro após o colapso da Varig. "Este é o grande desafio que temos na aviação no Brasil - infra-estrutura", Pavia reconhece.

Presidente da TAM, Líbano Barroso concorda, dizendo o mesmo painel no fórum que "a demanda está crescendo rapidamente e de infra-estrutura que está atrasada". Mas Barroso diz que o desafio atual infra-estrutura é "um bom problema para resolver", dado o crescimento lucrativo em transportadoras do Brasil.

O diretor-executivo da Gol, Constantino de Oliveira Júnior diz que o Brasil precisa de nove a dez novos aeroportos do tamanho de São Paulo Guarulhos para os próximos 20 anos "Precisamos de muito mais investimento em aeroportos e controle de tráfego aéreo para acomodar o crescimento ", diz ele. Constantino espera que o governo brasileiro comece a focar a questão, como o Brasil pretende sediar a Copa de 2014 e Olimpíadas de 2016. "Essa será a chance para o Brasil para dar ao mundo uma boa impressão", diz ele. Entretanto, Constantino diz que a Gol planeja focar o crescimento fora de São Paulo, com a expansão em outros centros, como o aeroporto de Belo Horizonte, Confins."Em Confins, Brasília e até Rio de Janeiro Galeão ainda há espaço para crescimento", diz ele.

Em São Paulo, Constantino acredita que a proposta de construir um quarto aeroporto, depois de Guarulhos, Congonhas e Campinas não é necessário, sendo que há espaço para crescer em Campinas. "Na minha opinião o desenvolvimento de Campinas é a escolha certa", diz Constantino, ressaltando, além de novos terminais no aeroporto alternativo está programado para ter uma ligação ferroviária de alta velocidade ao centro de São Paulo.
Fonte: Flight Global
Por: Brendan Sobie
Foto: Marcos Oliveira, André Martinis, SkyLiner

sábado, 27 de novembro de 2010

Aviação Executiva no Brasil

Atualmente, o Brasil possui a segunda maior frota de aviação geral do mundo. Atualmente, o Brasil possui a segunda maior frota de aviação geral do mundo. Segundo uma pesquisa da Associação Brasileira de Aviação Geral (ABAG), o número de aeronaves no País deve crescer 10% ao ano no período de 2007 a 2010. Dentro deste segmento, encontra-se o mercado de aviação executiva, o qual vem apresentando um expressivo crescimento no Brasil, evidenciando o grande potencial do País no setor. À frente de países como México, Venezuela, Argentina, Colômbia e Chile, o Brasil é o país que possui o maior mercado no segmento de aviação executiva na América Latina.

A frota atual de aviação executiva no Brasil possui mais de 1.650 aeronaves, sendo cerca 650 helicópteros, aproximadamente 350 jatos e mais de 650 turboélices. A cidade de São Paulo, principal centro econômico do País, concentra 35% (577 aeronaves) de toda essa frota. Em relação à aviação geral, o Brasil possui a segunda maior frota do mundo com 10.562 aeronaves. O estado de São Paulo apresenta 28% do total de aeronaves no País.

Com 1.100 helicópteros civis em todo Brasil, o País possui a maior frota do mundo de aeronaves desse tipo. O segmento de helicópteros é o que mais tem crescido dentro do setor de aviação executiva no Brasil, apresentando uma frota de mais de 400 aeronaves no estado de São Paulo e cerca de 260 helipontos (dos 427 do País) na capital paulista.

Assim como o Brasil, a cidade de São Paulo concentra a maior frota de helicópteros urbanos do mundo, à frente de grandes metrópoles como Tókio e Nova York, e promete crescer ainda mais nos próximos anos. Atualmente, a capital paulista é a única cidade do mundo que possui um controle de tráfego aéreo exclusivo para helicópteros.

Uma comparação com o mercado dos Estados Unidos demonstra que, embora o produto bruto nacional daquele País seja 10 vezes maior do que o Brasil, a frota norte-americana é 17 vezes superior. Ainda assim, o Brasil conta com a segunda maior frota de aviação executiva do mundo, com 1.400 aeronaves, das quais 920 são jatos e turboélices. Na América Latina, o México conta com 650 aeronaves e a Colômbia, com 310 unidades.

Fonte: EAB

Foto: Marcos Oliveira, BravoAlpha, João Paulo Carisio

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Perto de fechar na China, Embraer vê concorrente crescer

Enquanto a fábrica da Embraer na China, aberta há sete anos, vê o fechamento cada vez mais perto, o seu concorrente no país, a estatal Comac, anunciou a encomenda de 240 jatos regionais ARJ21-700 para o mercado local. Com capacidades que variam de 70 a 80 passageiros, os aviões foram desenvolvidos por outra estatal, a Avic (Corporação de Indústria da Aviação da China). É a mesma empresa sócia da Embraer na fábrica em Harbin, no nordeste da China, que será desmontada em março, caso não haja novos contratos.

As encomendas do ARJ21-700 foram feitas pela empresa estatal Chengdu Airlines, que opera voos regionais no oeste do país e tem a própria Comac como acionista. As primeiras unidades devem ficar prontas no ano que vem. Já a fábrica da Embraer vai em sentido contrário: só tem quatro unidades para entregar, que devem estar prontas até o início do ano que vem. Depois, ficará inoperante. São os últimos de um total de 25 aviões ERJ-145 (50 passageiros) para a empresa Hainan Airlines. O pedido original, feito em 2006, era de cem unidades, mas acabou reduzido à metade. Como já não existe mais demanda mundial pelo ERJ-145, a Embraer quer fabricar na China o modelo ERJ-190, para cem passageiros, mas a China até agora não autorizou a produção.

"Nós temos esperado e esperado e esperado", disse Luiz Carlos Aguiar, diretor-financeiro, à agência Dow Jones. A demora de Pequim tem sido vista como parte do incentivo da China à sua nascente indústria no setor, que tem projetos em várias frentes e é uma das prioridades do do governo nacional. Na categoria do ERJ 190, a Avic está desenvolvendo um novo modelo, ARJ21-900, com capacidade para 110 passageiros. O parceiro da estatal chinesa nesse projeto é a canadense Bombardier, concorrente da Embraer.

O principal argumento da Embraer é que as estatais chinesas serão incapazes de atender a demanda por jatos regionais, que seria de 950 até 2030. Desde que entrou no país, em 2000, a Embraer vendeu 105 aviões, dos quais 77 estão em operação. Numa aparente tentativa de retomar as vendas na China, a Embraer anunciou ontem, na Exposição Aérea de Zhuhai, a mais importante do setor no país, um acordo de financiamento de US$ 1,5 bilhão com o braço de leasing da Avic.


Fonte: Folha de São Paulo
Por: Fabiano Maisonnave, de Pequim
Foto: Xiangyu Zhang