
Para empresários e especialistas do setor, o levantamento mostra as dificuldades que companhias aéreas regionais estão enfrentando. Com infraestrutura inadequada em cidades de médio e pequeno porte, algumas delas estão tendo de arcar com recursos próprios para ter condições mínimas de operação e segurança.
"Se não houver investimento em infraestrutura aeroportuária, empresas regionais poderão sair do mercado ou mudar para cidades maiores para sobreviver", afirma o presidente e fundador da Sol Linhas Aéreas, Marcos Solano Vale. A companhia iniciou sua operação em outubro de 2009, ligando cidades do interior do Paraná, como Cascavel, a Curitiba. A Sol reduziu sua operação em 50%, conta Solano. Atualmente são quatro voos diários entre Cascavel e Curitiba. Em julho deverão ser seis frequências e, em agosto, a empresa deve retomar seu ritmo inicial, mas possivelmente com uma novidade: voos para Florianópolis.
"A aviação regional é um produto caro. O avião pequeno é um produto mais caro. A operação regional não é um produto de massa", diz o especialista em aviação da consultoria Bain & Company, André Castellini. Outra frente é o incentivo à utilização de aeroportos de cidades com média ou baixa densidade de tráfego aéreo. A consultoria Mckinsey concluiu recentemente um estudo que identificou 69 aeroportos que podem receber rotas subsidiadas. O custo anual poderia chegar a R$ 200 milhões. "As companhias menores têm um custo até quatro vezes maior do que as grandes", afirma o consultor e associado da Mckinsey Arlindo Eira Filho.

Fonte: Valor Econômico
Por: Alberto Komatsu, de São Paulo
Fotos: Fabricio Lucio, Marcelo Magalhaes
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