
Os primeiros sinais de estrangulamento surgiram em 2008, antes da crise, quando alguns terminais operavam acima da capacidade, conforme estudo da McKinsey&Company, a pedido do BNDES. Com o arrefecimento da economia, os aeroportos passaram bem por 2009. Mas o alívio durou pouco. Desde o início do ano, o volume de importações, que cresceu 41,5% até maio, tornou visível a fragilidade do transporte aéreo.
Em Guarulhos, aeroporto que concentra 54% da carga aérea movimentada no país, além de locais de armazenagem, faltam câmaras refrigeradas para acomodar produtos perecíveis e medicamentos, diz o presidente do Sindicato dos Despachantes Aduaneiros, Valdir Santos. No Aeroporto Internacional Salgado Filho em Porto Alegre, o principal problema é a atual extensão da pista, insuficiente para a operação de cargueiros de grande porte, encarecendo ou desestimulando o transporte aéreo de cargas.
O professor de comércio exterior da Unisinos, Alex Pipkin, diz que a maioria das companhias acaba transportando os produtos por rodovia até os aeroportos de Guarulhos (SP) ou Galeão (RJ), com capacidade para grandes aeronaves de carga ou mistas (passageiros e cargas).– Essa situação inibe a competitividade das empresas.
Fonte: Jornal Zero Hora
Foto: KianHong
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